Egito afirma que responderá ao EI sobre decapitações
O grupo extremista divulgou um vídeo mostrando a decapitação de 21 egípcios. Eles foram sequestrados na cidade de Sirte, no norte da Líbia, pelo grupo jihadista
O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, afirmou neste domingo (15) que o país responderá "da maneira e no tempo que considerar adequado" a decapitação de 21 coptas egípcios pelo Estado Islâmico na Líbia.
Em discurso transmitido pela emissora estatal, Al Sisi afirmou que deu ordens ao ministro das Relações Exteriores, Sameh Shukri, para viajar imediatamente a Nova York para realizar "as reuniões necessárias" na ONU e no Conselho de Segurança, exigindo uma reação internacional contra os jihadistas.
Segundo o presidente egípcio, Shukri pedirá que a comunidade internacional tome "medidas adequadas" para respeitar a carta das Nações Unidas, afirmando que o que ocorre na Líbia é "uma ameaça à paz e à segurança mundial". E também solicitou uma cooperação global de todos os países afetados pelo terrorismo.
Além disso, informou que o Conselho de Defesa Nacional, principal órgão de decisão em assuntos de segurança do país, está reunido "de forma urgente e permanente" para acompanhar a evolução da situação "e estudar as medidas a serem tomadas" como resposta às execuções.
Al Sisi classificou os atos como "covardes" e alertou que o EI não irá vencer a determinação do Egito de lutar contra o terrorismo.
"O Egito já derrubou o terrorismo uma vez e voltará a vencê-lo com a determinação e a vontade de seu povo. Não estamos só nos defendendo, mas toda a humanidade", afirmou.
O presidente ordenou também a proibição das viagens de egípcios à Líbia e a repatriação de cidadãos que estão no país que queiram voltar ao Egito.
O EI divulgou neste domingo um vídeo no qual 21 coptas egípcios são decapitados. Eles foram sequestrados na cidade de Sirte, no norte da Líbia, por extremistas leais ao grupo jihadista.