Eleito sob a expectativa da mudança, Obama tenta reeleição
6 nov2012 - 06h39
(atualizado às 08h23)
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Filho de um economista queniano e de uma antropóloga do Kansas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de 51 anos, tenta a reeleição com o lema baseado na palavra mudança. Em 2008, as palavras de ordem dele eram "Yes, we can" (Sim, nós podemos) e "Hope" (esperança). A eleição de Obama, que nasceu em Honolulu (Hawai), foi considerada um divisor de águas, por ser o primeiro negro na Presidência da República e por seu discurso inovador e progressista.
Com fama de ser um advogado que atuava em defesa da comunidade mais carente e dos direitos civis, Obama criou expectativa entre os mais pobres e os imigrantes nos Estados Unidos, além das mulheres.
Porém, em quatro anos de governo, o presidente esbarrou em numerosas dificuldades, principalmente impostas pelo Parlamento. Ele aposta no incentivo à economia por meio de mais mais impostos para os ricos e menor dependência do petróleo, além da geração de emprego e renda.
Paralelamente, Obama é cobrado pela comunidade latina por reforma nas leis de imigração e o fim da prisão de Guantánamo, em Cuba. Os pacifistas defendem a redução da participação dos norte-americanos em combates, como no Afeganistão. Progressista, carismático, com sentido de justiça, defensor da união e da reconciliação, Obama reconheceu que errou ao não ter se aproximado mais dos cidadãos.
Americanos vão às urnas
Os americanos escolhem nesta terça-feira seu presidente. O atual mandatário, o democrata Barack Obama, disputa a preferência dos eleitores com o republicano Mitt Romney. Diferente do Brasil, as eleições americanas são indiretas. O candidato mais votado em cada Estado leva todos os seus delegados. No fim, o candidato com maior número de delegados - e não de votos - sai vencedor. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições presidenciais nos EUA e acompanha a apuração de votos em tempo real.
Provo, no Estado de Utah, é o condado mais republicano dos Estados Unidos. O distrito ficou famoso após a eleição presidencial de 2008, quando teve a maior quantidade de votos para o candidato republicano em todo o país. De acordo com os números divulgados, 78% dos eleitores votaram em John McCain e apenas 19% em Barack Obama
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
Em destaque na loja de antiguidades americana "Flags and Stuff" em Provo estão adesivos de Mitt Romney, bandeiras do partido republicano e quadros com arte conservadora. Quase escondido em um canto está o material que democrata. O dono loja, Stan Softley, 67 anos, não se sente constrangido ao mostrar a sua preferencia política. No seu balcão, estão expostos adesivos da campanha de Mitt Romney, que custam US$ 2, mas que ele distribui de graça se simpatizar com o cliente
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
No Estado de Wyoming, a isenção de impostos e outros tributos estaduais faz com que os moradores da região tenham uma das menores cargas tributárias dos Estados Unidos. Isso favorece o voto no Partido Republicano, que domina os cargos do executivo e legislativo em Wyoming. Os moradores de Wyoming Os moradores do Estado de Wyoming, na sua maioria republicanos, aplaudem o fato de não terem que pagar tantos impostos estaduais e esperam o mesmo do governo federal
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
Wyoming é um Estado republicano que vai contra o esforço dos democratas por maior controle de armas no país. O estereótipo do cowboy é usado pelos Estados democratas nas costas leste e oeste para pressionar por leis mais restritas para o uso de armas no país. Na Califórnia, armas semiautomáticas (como os rifles) são proibidas, e para comprar uma pistola é necessário passar um teste escrito
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
Idaho é outro Estado predominantemente republicano. A região é dona do primeiro reator nuclear do mundo, construído em 1951. E até hoje a região é considerada pioneira no tema, já que, em laboratórios locais, cientistas projetam a próxima geração de reatores nucleares. O Estado foi um dos que tiveram mais sucesso em reduzir o desemprego. Os setores público e privado decidiram investir pesado em apenas quatro áreas: Turismo, Energia, Agricultura e Medicina
Foto: Carla Ruas / Especial para Terra
O aposentado Robert Woods está atento para as mudanças propostas pelo candidato republicano Mitt Romney aos programas públicos de saúde nos EUA. Romney promete entregar aos governos estaduais autonomia absoluta do Medicaid - parceria entre governo federal e os Estados para fornecer assistência médica para população de baixa renda. Isso significa que, em Idaho, Estado conservador onde mora, dificilmente haveria um esforço para aumentar o número de beneficiários