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Em combate entre islamistas e exército, 50 morrem na Líbia

Desde a queda de Muanmar Kadhafi, os islamitas controlam a principal cidade do país

27 jul 2014 - 09h39
(atualizado às 11h06)
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<p>L&iacute;bia chegou ao ponto m&aacute;ximo de viol&ecirc;ncia mortal desde a guerra em 2011</p>
Líbia chegou ao ponto máximo de violência mortal desde a guerra em 2011
Foto: Esam Omran Al-Fetori / Reuters

Pelos menos 36 pessoas, muitas delas civis, foram mortas em Benghazi, cidade ao leste da Líbia, em confrontos entre as forças especiais líbias e militantes islâmicos que aconteceram na noite de sábado e na manhã deste domingo, disseram fontes médicas e de segurança.

Outras 23 pessoas, todos trabalhadores egípcios, foram mortos na capital, Trípoli, quando um míssil atingiu suas casas no sábado, durante confrontos entre milícias rivais que lutavam pelo controle do principal aeroporto da cidade, informou a agência de notícias estatal egípcia.

Nas últimas duas semanas, a Líbia chegou ao ponto máximo de violência mortal desde a guerra em 2011, que derrubou Muammar Gaddafi, fazendo com que os Estados Unidos, a Oganização das Nações Unidas (ONU) e a Turquia tirassem seus diplomatas do país do norte da África.

Com a incapacidade do governo de impor a ordem, duas milícias rivais estão lançando foguetes e fogo de artilharia entre si em Trípoli, enquanto unidades do exército tentam expulsar militantes islâmicos que se instalaram nos arredores de Benghazi.

Os EUA evacuaram sua embaixada na Líbia no sábado, levando seus diplomatas para o outro lado da fronteira, até a Tunísia, sob forte proteção militar, depois que crescentes confrontos aconteceram perto da embaixada em Trípoli.

Nesta manhã, bombardeios esporádicos continuavam em Trípoli, porém em menor escala do que nos dias anteriores. Não houve relatos imediatos de vítimas.

Mas os confrontos foram bem mais intensos em Benghazi durante a noite, onde unidades do Exército e da força aérea se uniram a um ex-general do exército desertor, que lançou uma campanha, segundo ele, para expulsar os militantes islâmicos da cidade.

Uma fonte das forças especiais que enfrentam os militantes islamistas em Benghazi, disse à Reuters que os confrontos envolviam aviões de guerra atacando posições de militantes pertencentes à Ansar al Sharia e outro grupo na cidade.

Uma fonte médica disse que 36 pessoas morreram, muitas delas civis, e outras 65 ficaram feridas durante os confrontos que duraram a noite inteira. Dezenas de famílias foram evacuadas da região entre os dois lados, para escapar dos confrontos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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