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EI ergue bandeira sobre cidadela de Palmira, na Síria

Museu de Palmira foi invadido pelo grupo terrorista, porém maior parte das antiguidades foi retirada do local

23 mai 2015 - 10h11
(atualizado às 12h23)
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Bandeira do grupo terrorista Estado Islâmico teria sido hasteada em cidade histórica da Síria
Bandeira do grupo terrorista Estado Islâmico teria sido hasteada em cidade histórica da Síria
Foto: AP

Combatentes do Estado Islâmico ergueram sua bandeira sobre uma antiga cidadela na cidade histórica de Palmira, na Síria, de acordo com fotos postadas na Internet durante a noite por simpatizantes do grupo.

O ministro sírio para Antiguidades, Maamun Abdelkarim, confirmou a informação de que bandeira foi colocada no topo da cidadela do século XIII.

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EI divulgou imagens da cidade síria que tomou nesta semana
EI divulgou imagens da cidade síria que tomou nesta semana
Foto: AP

Os militantes tomaram a cidade, também conhecida como Tadmur, na quarta-feira, depois de dias de violentos combates com o exército sírio. "A cidadela de Tadmur está sob o controle do Califado", dizia a legenda de uma das fotos postadas em sites de mídia social. Em outra, um combatente sorridente aparece de pé em cima de uma dos muros da cidadela, carregando a bandeira preta. Não foi possível verificar a autenticidade das fotos.

Iraque divulga imagens de ataque que teria matado líder do EI:

O grupo extremista radical sunita declarou um califado islâmico no território que controla no Iraque e na Síria, realizou operações na Líbia e, na sexta-feira, assumiu a responsabilidade por um ataque suicida contra uma mesquita no leste da Arábia Saudita.

Eles destruíram monumentos históricos e antiguidades que veem como idólatras em outras cidades, e há temores que façam o mesmo agora em Palmira, lar de renomadas ruínas da era romana, incluindo templos bem preservados, colunatas e um teatro.

Grupo terrorista entrou no Museu de Palmira

O grupo jihadista entrou na quinta-feira no museu da localidade, afirmou o ministro sírio para Antiguidades. 

Os jihadistas "quebraram réplicas de gesso que representam a vida na era pré-histórica". "Depois retornaram na sexta-feira, fecharam as portas e colocaram guardas", completou Abdelkarim em uma entrevista coletiva em Damasco, na qual citou os depoimentos de moradores de Palmira.

Porém, a maior parte das antiguidades do museu foi retirada e levada para Damasco antes do EI assumir o controle de Palmira. "Não ficou quase nada no museu da cidade, que fica fora do sítio arqueológico de Palmira", completou Abdelkarim.

EI: 'Amamos a morte tanto quanto vocês amam a vida':

"Enviamos progressivamente peças antigas para Damasco, mas há peças enormes como os sarcófagos (na entrada do museu) que pesam de 3 a 4 toneladas e que não conseguimos mover. Isto é o que nos preocupa", disse.

O ministro também disse que não foram registradas movimentações do no sítio arqueológico e manifestou o desejo de que os jihadistas "não repitam as mesmas destruições que cometeram no Iraque".

Abdelkarim pediu o apoio da comunidade internacional para "salvar" Palmira.

A cidade de Palmira é famosa por suas colunas romanas, templos e torres funerárias, vestígios de um brilhante passado.

Situada 210 km ao nordeste de Damasco, a "pérola do deserto", considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco, é um oásis que viu seu nome aparecer pela primeira há 4.000 anos e foi um local de trânsito das caravanas entre o Golfo e o Mediterrâneo, assim como uma etapa na Rota da Seda.

Com informações da AFP e Reuters

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