O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) executou a tiros e por razões desconhecidas seis mulheres, entre elas duas médicas, na cidade de Mossul, no norte de Iraque, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe responsáveis locais.
O chefe do Comitê de Segurança da província de Ninawa, da qual Mossul é capital, Mohammed Ibrahim al Bayati, denunciou que as mulheres foram assassinadas em um dos quartéis do EI, que são usados habitualmente para atrocidades desse tipo contra todos que se opõem a sua ideologia.
Entre as vítimas estão duas cirurgiãs, identificadas como Maha Subhan e Lamia Ismail.
Os corpos das seis executadas foram transferidos pelos jihadistas para o Serviço de Medicina Legal de Mossul.
O EI executou dezenas de pessoas nos últimos meses. O último caso que vazou ontem foi o assassinato de uma mulher que foi candidata nas eleições legislativas de abril na cidade de Tal Afar, também na província de Ninawa.
Bayati considerou que as execuções do EI são uma represália pelos duros golpes causados pelos bombardeios da coalizão internacional, fazendo com que seus dirigentes militares e religiosos fossem obrigados a deixar seus quartéis em Mossul.
Esses bombardeios causaram, nas últimas horas, mais de 200 mortes entre os jihadistas, ao atingir um comboio do EI que circulava em Ninawa, informou à EFE anteriormente a mesma fonte.
Fotos publicadas na internet indicam que dezenas de membros do Exército iraquiano capturados foram executados por terroristas do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL)
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN / AFP
As fotos, disponibilizadas pelo próprio grupo, foram obtidas por agências de notícias, mas não puderam ter sua autenticidade comprovada.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN / AFP
Os insurgentes dizem ter tirado as fotos, publicadas no Twitter, na província de Saladino, ao norte da capital Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN / AFP
Os jihadistas indicam na legenda de uma das fotos que executaram centenas de soldados. Nas fotos analisadas pela AFP, aparecem dezenas de cadáveres
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN / AFP
De terça-feira a quinta-feira, os jihadistas tomaram a segunda maior cidade do Iraque, Mossul, sua província (Nínive, norte), Tikrit e outras regiões da província de Saladino, além de outros setores nas províncias de Diyala (no leste) e Kirkuk (no norte).
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN / AFP
As forças de segurança, que se retiraram em debandada diante do avanço dos extremistas, parecem, no entanto, estar se recuperando, e no sábado tomaram as localidades de Ishaqi e Muatasam, na província de Saladino, perto de Bagdá.
Foto: WELAYAT SALAHUDDIN / AFP
No sábado já haviam sido encontrados os corpos carbonizados de 12 policiais na cidade de Ishaqi, ao norte de Bagdá.