Menina nega ato sexual e é queimada viva por Estado Islâmico
Segundo representante da ONU, o Estado Islâmico tem realizado crimes sexuais brutais contra mulheres na região da Síria
De acordo com uma representante da ONU, uma mulher foi queimada viva por militantes do Estado Islâmico após se recusar a participar de um "ato sexual extremo".
Centenas de mulheres foram sequestradas por militantes jhadistas, que enviam as "virgens mais bonitas" para serem escravas sexuais na cidade de Raqqa, na Síria. Lá, elas são vendidas como peças de leilões.
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Segundo Zainab Bangura, Representante Especial do Secretário Geral das Nações Unidas sobre a Violência Sexual em Conflitos, muitas delas são despidas e obrigadas a submeterem-se a testes de virgindade antes de serem vendidas. Elas são primeiro oferecidas aos líderes, depois aos emires e por último aos soldados. Cada comprador leva geralmente três ou quatro meninas e quando se cansam delas, vende-as novamente.
Zainab descobriu uma série de crimes contra adolescentes mulheres - particularmente da comunidade Yazidi, no Iraque - após recolher depoimentos da Síria, Iraque, Turquia, Líbano e Jordânia. "Eles (Estado Islâmico) comentem estupros, escravidão sexual, prostituição forçada e outros atos de extrema brutalidade. Nós ouvimos um caso de uma menina de 20 anos que foi queimada viva por se recusar a realizar um ato sexual extremo", disse.
O Estado Islâmico tem realizado "crimes sexuais sistemáticos" contra mulheres e meninas iáziges após sequestar mais de 200 delas no norte do Iraque em 2014, afirmou a Human Rights Watch.
A cidade de Raqqa, para onde as meninas, supostamente, estão sendo levadas, foi adotada como capital pelo Estado Islâmico, que divulgou várias imagens e vídeos de militantes armados desfilando pelas ruas e fazendo execuções públicas.
No início de abril deste ano, mais de 200 iáziges mulheres, crianças e idosos foram libertados perto de Kirkuk em junho.