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EUA declara oficialmente que está em 'guerra contra o EI'

Pentágono e a Casa Branca não deixaram dúvidas sobre a maneira como entendem o conflito

13 set 2014 - 07h17
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<p>Obama anunciou na quarta-feira que seu governo est&aacute; preparado para combater o EI onde quer que esteja</p>
Obama anunciou na quarta-feira que seu governo está preparado para combater o EI onde quer que esteja
Foto: Saul Loeb / Reuters

A Casa Branca declarou nesta sexta-feira que os Estados Unidos estão em guerra contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), em uma tentativa de solucionar um deslize semântico sobre a estratégia anunciada na quarta-feira pelo presidente Barack Obama.

Em sua viagem pelo Oriente Médio para tentar formar a maior coalizão possível contra o EI, o secretário de Estado John Kerry pareceu hesitar em usar o termo "guerra" para classificar a amplitude das operações americanas contra os jihadistas na Síria e no Iraque.

No entanto, nesta sexta o Pentágono e a Casa Branca não deixaram dúvidas sobre a maneira como entendem o conflito.

"Os Estados Unidos estão em guerra contra o EI da mesma maneira que estamos em guerra contra a Al-Qaeda e seus aliados em todo o mundo", declarou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, durante sua entrevista coletiva à imprensa diária.

Uma mensagem muito parecida foi dada pelo porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby.

Obama anunciou na quarta-feira que seu governo está preparado para combater o EI onde quer que esteja, e se comprometeu a treinar e armar grupos da oposição na Síria, aumentando também a cooperação militar com o governo do Iraque.

Em entrevista concedida à rede CBS na quinta-feira, Kerry disse que preferia falar de uma "operação antiterrorista de grande escala".

"Acredito que 'guerra' seja a terminologia e a analogia errada, mas o fato é que estamos comprometidos com um esforço mundial significativo para conter a atividade terrorista", declarou.

Esta disputa em torno dos termos a serem usados pode parecer trivial no momento em que aviões e drones americanos já fizeram mais de 160 ataques contra o EI no Iraque desde agosto.

No entanto, ela é sinal de que a administração continua sendo muito prudente diante de uma opinião pública cansada após anos de luta contra os islamitas no Iraque e no Afeganistão.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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