EUA enviarão mais militares ao Iraque para ajuda humanitária
Calcula-se que cerca de 40 mil pessoas, em sua maioria yazidis curdos e cristãos, ainda estão presos no monte Sinjar e com necessidade urgente de água, comida, refúgio e remédios
Os Estados Unidos enviarão mais 130 militares ao norte do Iraque de maneira temporária para reforçar a missão humanitária de ajuda aos refugiados no monte Sinjar, informou uma fonte oficial do Departamento de Defesa.
O secretário de Defesa, Chuck Hagel, confirmou em discurso para 200 fuzileiros navais na base californiana de Camp Pendleton que o destacamento chegou ontem a Erbil, a capital da região autônoma do Curdistão iraquiano.
Os soldados têm a missão de ajudar às cerca de 40 mil pessoas, a maioria yazidis curdos e cristãos, que estão ainda presas no monte Sinjar e com necessidade urgente de água, comida, refúgio e remédios.
"As tropas estão lá para analisar de perto a situação e fazer uma avaliação profunda de como podemos continuar a ajudar os iraquianos", explicou Hagel, que insistiu que eles não realizarão missões de combate.
Os 130 assessores se somam aos 300 soldados americanos que chegaram ao Iraque em junho, quando explodiu a crise, e às tropas que já estavam antes dessa data. No total são agora mais de 900 militares.
A nova dotação de pessoal militar no Iraque é integrada por fuzileiros navais e forças de operações especiais do Comando Central dos Estados Unidos, encarregado do Oriente Médio.
O anúncio da nova dotação chega em um dia no qual os Estados Unidos ampliaram seus esforços para consolidar os apoios dentro e fora do Iraque à designação como primeiro-ministro do xiita Haidar al Abadi, ao mesmo tempo em que continuaram seus ataques contra posições jihadistas no país.
O Pentágono começa hoje seu sexto dia de bombardeios seletivos sobre posições de do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque.