EUA lançam 1º ataque aéreo contra EI na região de Bagdá
Os Estados Unidos realizaram seu primeiro ataque aéreo contra o Estado Islâmico (EI) na região de Bagdá, informou nesta segunda-feira o Comando Central (Centcom) americano.
Na primeira operação contra combatentes jihadistas nos arredores da capital iraquiana, aviões americanos atacaram posições a sudoeste de Bagdá, enquanto outras aeronaves bombardearam as montanhas de Sinjar, a oeste de Mossul, no norte do Iraque, revelou o Centcom.
As posições a sudoeste de Bagdá eram utilizadas por combatentes do Estado Islâmico para "disparar contra soldados iraquianos".
No ataque às montanhas de Sinjar, a aviação americana destruiu veículos utilizados pelo EI.
Desde o dia 8 de agosto, as forças americanas já realizaram 162 incursões aéreas contra os jihadistas do EI, que proclamou um califado envolvendo uma ampla região entre o Iraque e a Síria, defendido por mais de 31 mil combatentes.
Até o momento, as operações aéreas americanas contra os jihadistas se limitaram ao território iraquiano.
O presidente Barack Obama anunciou na quarta-feira passada uma nova estratégia para conter e destruir as forças do EI, que inclui a possibilidade de ataques aéreos na Síria, mas exclui qualquer possibilidade de cooperação com o regime em Damasco.
Prevenção contra extremismo dentro dos EUA
Os Estados Unidos também anunciaram uma série de programas para resistir à ameaça interna do "extremismo violento" e evitar que mais jovens americanos se juntem ao Estado Islâmico (EI) e a outros grupos jihadistas que combatem no Oriente Médio.
A nova estratégia, anunciada pelo procurador-geral dos EUA, Eric Holder, pretende desenvolver métodos para detectar jovens com potencial para se transformarem em extremistas e "intervir" antes da radicalização dos mesmos.
"Hoje, poucas ameaças são mais urgentes que a do extremismo violento. Com o crescimento de grupos como o EI e sabendo que alguns americanos estão tentando viajar para países como Síria e Iraque para tomar parte nesses conflitos, o Departamento de Justiça está respondendo", disse Holder em uma mensagem de vídeo.
Os Estados Unidos calculam que cerca de 100 americanos se juntaram aos combatentes do EI no Iraque e na Síria, de um total de cerca de 15 mil estrangeiros que preocupam o Ocidente, pois existe a possibilidade que os mesmos usem seus passaportes para retornar a seus países de origem para cometer atentados nesses territórios.