Extremistas sírios capturam helicóptero e matam um militar
Cinco tripulantes foram capturados pelos rebeldes da Frente al-Nusra, segundo informou ONG
Rebeldes islamitas capturaram neste domingo cinco tripulantes de um helicóptero militar do regime sírio no noroeste do país, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), destacando que um deles foi executado.
"Um helicóptero do regime fez um pouso forçado na região de Jabal al Zawiya, no noroeste [do país], um reduto da Frente al-Nusra [braço sírio da Al Qaeda]", informou à AFP Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH.
"Quatro membros da tripulação foram capturados e um quinto foi abatido por homens armados em um povoado da região", na província de Idleb, acrescentou.
Dois membros da tripulação estão nas mãos da Al-Nusra, enquanto outros dois foram capturados por um grupo islamita desconhecido. Pelo menos uma sexta pessoa está foragida. O OSDH mostrou fotos de homens cercando um helicóptero danificado e inclinado em uma planície.
A Frente Al-Nusra tuitou fotos e vídeos com a legenda "o piloto do helicóptero nas mãos dos jihadistas".
As imegens mostram o piloto com uma venda sentado na frente da bandeira da Frente Al-Nusra. "Para as crianças muçulmanas, para suas mães, que morreram há dois dias em um ataque com cloro", declara um combatente na gravação.
Seis membros de uma mesma família morreram em um suposto ataque com gás das forças do regime no povoado de Sarmine, nordeste da Síria, anunciou em 17 de março uma ong.
A Anistia Internacional denunciou em um comunicado um "crime de guerra" do regime e afirmou que houve seis mortos e que centenas de pessoas, na maioria civis, foram expostas a níveis tóxicos de cloro após dois ataques realizados por helicópteros.
A TV estatal síria, por sua vez, admitiu que um "helicóptero militar caiu durante um pouso forçado, por causa de uma falha técnica, na província de Idleb. As investigações para encontrar a tripulação estão em andamento".
Apesar das condenações internacionais, o regime usa com frequência seus helicópteros para atirar barris com explosivos sobre as regiões rebeldes na Síria, um ataque que causou centenas de vítimas em um ano.
Na província de Deraa (sul) houve violentos confrontos entre rebeldes e forças de segurança na cidade antiga de Bosra, considerada patrimônio mundial da Unesco.
Segundo o OSDH, os confrontos deixaram pelo menos nove mortos no lado rebelde. Esta ong não deu o balanço de vítimas nas fileiras governamentais.
Os rebeldes e o regime dividem o controle dessa cidade, habitada por muçulmanos sunitas e xiitas.