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Forças israelenses detêm e perseguem jornalistas em Hebron

Um cinegrafista da Associated Press foi preso e um carro da Reuters atingido por balas de borracha quando acompanhavam um protesto contra a ofensiva israelense em Gaza

15 ago 2014 - 17h06
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<p>Manifestantes palestinos atiram pedras em soldados israelenses durante&nbsp;um protesto contra a a&ccedil;&atilde;o militar israelense em Gaza, na cidade de Hebron, em 15 de agosto</p>
Manifestantes palestinos atiram pedras em soldados israelenses durante um protesto contra a ação militar israelense em Gaza, na cidade de Hebron, em 15 de agosto
Foto: Nasser Shiyoukhi / AP

Forças de Segurança israelenses detiveram nesta sexta-feira um câmera da agência de notícias americana AP e dispararam contra veículos de jornalistas durante uma manifestação na cidade de Hebron, denunciou a Associação de Imprensa Estrangeira em Israel (FPA).

Em comunicado, a organização explica que soldados israelenses abriram fogo com balas de borracha contra um grupo de pessoas que tinham se reunido para protestar após a oração de sexta-feira, e perceberam a presença de jornalistas na zona.

"Como em algumas ocasiões precedentes, as forças começaram a lançar granadas de som contra os jornalistas para tentar dispersá-los", assinalou a FPA.

"Um cinegrafista da AP foi detido, um fotógrafo da agência francesa AFP foi impedido pela força de realizar seu trabalho e uma bala de borracha atingiu um carro blindado da agência Reuters, apesar de estar claramente identificado como imprensa", acrescentou.

A FPA lembrou que não é a primeira vez que as tropas israelenses apontam para membros da imprensa e reiterou seu protesto contra a atitude em relação aos jornalistas, dos guardas de fronteiras e das unidades antidistúrbios israelenses.

"As autoridades prometeram em várias ocasiões investigar os incidentes, mas de alguma maneira os resultados dessas investigações se perdem no limbo da história", ressaltou a organização.

"A liberdade de imprensa é a marca de uma nação civilizada. O ataque e a humilhação dos jornalistas que tratam de realizar seu trabalho é inaceitável e está muito abaixo dos níveis (éticos) que as Forças Armadas Israelenses diz aderir", conclui.

EFE   
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