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Forças xiitas avançam para cidade iraquiana tomada pelo Estado Islâmico

18 mai 2015 - 09h41
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Uma coluna de combatentes de uma milícia xiita chegou a uma base militar perto de Ramadi nesta segunda-feira, como parte da operação do governo iraquiano para retomar o controle da cidade no oeste do país que foi conquistada por militantes do Estado Islâmico, no maior revés para as autoridades em Bagdá desde meados do ano passado.

Carro em chamas durante confrontos na cidade iraquiana de Ramadi. 16/05/2015
Carro em chamas durante confrontos na cidade iraquiana de Ramadi. 16/05/2015
Foto: Stringer / Reuters

A coalizão liderada pelos Estados Unidos intensificou os bombardeios aéreos contra os islamistas, tendo desfechado 19 ataques perto de Ramadi ao longo das últimas 72 horas, a pedido das forças de segurança iraquianas, disse um porta-voz da coalizão.

A milícia muçulmana xiita conhecida como Hashid Shaabi, ou Mobilização Popular, recebeu ordens para se mobilizar depois que a cidade, capital da província de Anbar, foi invadida no domingo. Os milicianos propiciam ao governo muito mais capacidade de lançar um contra-ataque, mas a sua chegada a Ramadi poderia ampliar a animosidade sectária em uma das áreas mais violentas do Iraque. A população de Ramadi é muçulmana sunita.

"As forças Hashid Shaabi alcançaram a base Habbaniya e estão agora em modo de espera", disse o chefe do conselho provincial de Anbar, Sabah Karhout. Uma testemunha descreveu uma longa fila de veículos blindados e caminhões com metralhadoras e foguetes, com as bandeiras amarelas do Kataib Hezbollah, uma das facções da milícia, indo em direção à base.

Porta-vozes de grupos de milícias disseram que ações de reconhecimento e planejamento estavam em andamento para a "batalha de Anbar", a grande província do vale do rio Eufrates onde os militares dos EUA travaram os maiores confrontos durante o período de 11 anos em que ocuparam o Iraque.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, aprovou o envio de milícias xiitas para tentar retomar o controle da área, uma medida à qual ele vinha resistindo, por medo de provocar uma reação sectária. Segundo um porta-voz do governador provincial, cerca de 500 pessoas foram mortas nos combates em Ramadi nos últimos dias e entre 6.000 e 8.000 fugiram da cidade.

(Reportagem da Redação de Bagdá; Reportagem adicional de Matt Spetalnick, em Washington)

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