A França disse nesta quinta-feira que a comunidade internacional precisará reagir com uso da força se as alegações de que o governo sírio foi responsável por um ataque químico contra civis forem comprovadas.
"Teria de haver uma reação com força na Síria por parte da comunidade internacional, mas não há dúvida sobre o envio de tropas ao terreno", disse o chanceler francês, Laurent Fabius, à emissora francesa de TV BFM. Se o Conselho de Segurança da ONU não chegar a uma decisão, algo terá de ser feito "de outras formas", disse Fabius, sem entrar em detalhes.
O ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, também pediu a intervenção da comunidade internacional na Síria, ao considerar que "a linha vermelha foi ultrapassada". "Reclamamos que a comunidade internacional intervenha o mais rápido possível nesta situação, onde a linha vermelha foi cruzada há algum tempo", declarou o ministro em Berlim, depois de uma reunião com o colega alemão Guido Westerwelle. "Já foram cruzadas muitas linhas vermelhas", disse Davutoglu.
Já o Irã, principal aliado regional do governo da Síria, rebateu as acusações da oposição sobre o uso de armas químicas e acusou "terroristas" de estarem por trás do ataque. "Se a informação sobre a utilização de armas químicas for exata, certamente foram utilizadas pelos grupos terroristas e Takfiris, que já demonstraram não retroceder ante crime alguma", disse o chefe da diplomacia iraniana Mohammad Javad Zarif, em referência aos rebeldes que tentam derrubar o regime.
"No momento em que os inspetores da ONU estão em Damasco e e que o governo sírio está provocando o recuo dos terroristas, como poderia cometer tal ato?", questionou o chanceler iraniano. Zarif também acusou a rebelião síria ao afirmar que os "grupos terroristas têm interesse em agrava e internacionalizar a crise".
A oposição síria acusou na quarta-feira o regime do presidente Bashar al-Assad de ter matado 1,3 mil pessoas em um ataque químico perto de Damasco.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam
Foto: Reuters
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Com informações das agências AFP e Reuters
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