França oferece asilo a cristãos iraquianos de Mossul
O grupo extremista Estado Islâmico ordenou que os iraquianos que vivem nas áreas que controla se convertam ao islamismo ou paguem um imposto religioso
A França disse nesta segunda-feira que está pronta para acolher os cristãos do norte do Iraque que receberam um ultimato dos rebeldes do Estado Islâmico, agora governando a região, para se converterem ao islamismo, pagar um imposto religioso ou encarar a morte.
Os insurgentes do grupo, uma ramificação da Al Qaeda, apreenderam grandes áreas do norte do Iraque em junho, o que levou centenas de famílias cristãs de Mossul a fugir da cidade que acolheu sua fé desde seus primeiros anos.
"Estamos oferecendo ajuda às pessoas deslocadas que fogem das ameaças do Estado Islâmico e que buscaram refúgio no Curdistão. Estamos prontos, se eles desejarem, para facilitar o seu asilo em nosso solo", disseram os ministros das Relações Exteriores e do Interior da França, em uma declaração conjunta.
"Estamos em constante contato com as autoridades locais e nacionais para garantir que tudo seja feito para protegê-los."
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, condenou no início deste mês o tratamento dado aos cristãos e instruiu um comitê do governo a ajudar os desabrigados. No entanto, ele não disse quando o Exército poderia tentar reconquistar o controle de Mosul.
O Estado Islâmico alertou todas as mulheres em Mossul a usar o véu que cobre todo o rosto, do contrário sofreriam uma punição severa. Os insurgentes sunitas, que declararam um califado em partes do Iraque e da Síria, também veem os xiitas majoritários do Iraque como infiéis que merecem ser mortos.