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Fuga de civis prenuncia crise humanitária no Iraque

500 mil pessoas já deixaram Mossul, a segunda maior cidade do país

13 jun 2014 - 10h56
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<p>Fam&iacute;lias fogem dos conflitos na cidade iraquiana de Mossul, em 12 de junho</p>
Famílias fogem dos conflitos na cidade iraquiana de Mossul, em 12 de junho
Foto: Reuters

Cerca de 40.000 pessoas fugiram dos combates em Tikrit e Samarra, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), que prevê uma longa crise humanitária no Iraque.

Enquanto os jihadistas se deslocam rapidamente para Bagdá, a OIM calcula que cerca de 40.000 pessoas fugiram destas duas cidades, segundo a porta-voz Christiane Berthiaume, falando à imprensa em Genebra.

Desde 10 de junho, os combatentes do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL), conseguiram tomar Mossul e a província de Nínive, assim como outras regiões, aproveitando a retirada das forças de segurança.

Desde janeiro controlam Fallujah, a oeste da capital.

Segundo a OIM, 500.000 civis fugiram dos combates em Mossul, a segunda cidade do país.

"A situação se deteriora hora a hora no Iraque e prevemos uma prolongada crise humanitária", declarou, por sua vez, Mandie Alexander, coordenadora das operações de urgência da OIM no Iraque.

Pegando em armas

O mais influente clérigo xiita do Iraque, o grão-aiatolá Ali al-Sistani, pediu aos seus seguidores nesta sexta-feira que peguem em armas para se defenderem de um implacável avanço dos insurgentes sunitas, em uma forte escalada de um conflito que ameaça se tornar uma guerra civil e, potencialmente, fragmentar o país.

Em uma rara intervenção nas orações de sexta-feira na cidade sagrada de Kerbala, uma mensagem do grão-aiatolá, a maior autoridade religiosa dos xiitas no Iraque, dizia que as pessoas têm de se unir para combater o avanço dos militantes do grupo radical Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

“As pessoas que são capazes de portar armas e combater os terroristas em defesa de seu país devem se voluntariar para entrar nas forças de segurança para alcançar esse objetivo sagrado (de ser mártir)”, disse o xeque Abdulmehdi al-Karbalai, durante um sermão em Kerbala no qual enviou a mensagem de Sistani. Ele disse ainda que aqueles que combaterem os militantes serão mártires.

Na quinta-feira o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ameaçou lançar bombardeios contra o EIIL, numa demonstração da gravidade da ameaça dos militantes que pretendem redesenhar as fronteiras da região rica em petróleo.

Em meio ao caos, forças curdas assumiram esta semana o controle de Kirkuk, um importante centro petrolífero localizado ao lado de seu enclave autônomo, e que os curdos sempre consideraram como sua tradicional capital.

Com informações da AFP e Reuters.

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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