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Após massacre, bandeira confederada será tirada do Capitólio

'Para muitos, bandeira é símbolo de um passado brutalmente tirânico', disse governadora da Carolina do Sul em coletiva

22 jun 2015 - 20h42
(atualizado em 23/6/2015 às 08h31)
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Governadora da Carolina do Sul pediu a retirada da polêmica bandeira confederada, hasteada na frente do Capitólio estadual
Governadora da Carolina do Sul pediu a retirada da polêmica bandeira confederada, hasteada na frente do Capitólio estadual
Foto: BBCBrasil.com

A governadora da Carolina do Sul, a republicana Nikki Haley, pediu nesta segunda-feira (22) a retirada da polêmica bandeira confederada, hasteada na frente do Capitólio estadual, uma semana depois do massacre cometido em uma igreja da comunidade negra de Charleston.

"Hoje, estamos em um momento de unidade no nosso Estado, sem má vontade, para dizer que é hora de retirar a bandeira do prédio do Capitólio (a Assembleia Legislativa estadual)", declarou Nikki, em entrevista coletiva, acompanhada de líderes políticos de ambos os partidos.

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"Cento e cinquenta anos depois do fim da Guerra Civil, chegou o momento", acrescentou, alegando que a bandeira de batalha dos tempos da guerra, vista por alguns como símbolo da persistência de sentimentos racistas no sul americano, "causa tristeza a muita gente".

"Para muitas pessoas, essa bandeira significa nobres tradições, tradições históricas, de patrimônio e antiguidade, mas, para muitos outros na Carolina do Sul, é um símbolo de um passado brutalmente tirânico", completou.

"Não há perdedores nem vencedores, mas o que aconteceu na semana passada nos convida a ver isso de outra maneira", afirmou Haley.

Se os congressistas, enquanto responsáveis, "não tomarem medidas" - acrescentou a governadora -, ela fará uso de sua autoridade para que a bandeira seja retirada.

Os apelos pela retirada da bandeira confederada do prédio do Capitólio estadual, na capital, Colúmbia, multiplicaram-se após o massacre de quarta-feira passada, 17 de junho.

Nesse dia, Dylann Roof, um supremacista branco de 21 anos, entrou em uma reunião de estudos da bíblia na Igreja Episcopal Metodista Africana Emanuel e, depois de permanecer por uma hora entre os fiéis, abriu fogo. Nove afro-americanos foram mortos.

Roof foi preso e, na última sexta, acusado pelos nove homicídios e por "porte de arma de fogo no âmbito de um crime violento". A Justiça Federal investiga o rapaz por "terrorismo doméstico" e como autor de um crime de ódio.

O crime, um dos piores da história recente dos Estados Unidos, abalou o país e reavivou o debate sobre dois temas bastante sensíveis na sociedade americana: a latente tensão racial e a legislação sobre posse de armas de fogo.

Na próxima sexta, o presidente Barack Obama irá a Charleston para fazer o discurso fúnebre do pastor Clementa Pinckney, informou a Casa Branca nesta segunda-feira.

"Não estamos curados do racismo", lamentou Obama, apontando a persistência da segregação na sociedade americana.

"Não se trata apenas de não dizer 'negro' em público porque é falta de educação. Não é com isso que se constata se o racismo continua existindo", declarou o primeiro presidente negro dos Estados Unidos em entrevista ao programa de rádio "WTF with Marc Maron", transmitido hoje de manhã.

O vice-presidente, Joe Biden, também comparecerá ao funeral do pastor Clementa, uma das nove vítimas do ataque.

Em meio à onda de indignação, três pré-candidatos republicanos à Casa Branca disseram que vão destinar a instituições de caridade as doações do líder de um grupo que proclama a supremacia branca nos Estados Unidos, mencionado por Roof.

Por um porta-voz, o senador de origem latina do estado do Texas, Ted Cruz, disse no domingo ao jornal britânico "The Guardian" que devolverá os US$ 8.500 recebidos desde 2012 do presidente do Council of Conservative Citizens (CofCC), Earl Holt III.

Dylann Roof parece ter criado um "site", no qual escreveu ter descoberto dados sobre ataques cometidos por negros contra brancos na página da organização de Earl Holt na Internet.

A organização defende a supremacia dos brancos sobre os negros e é classificada como racista e extremista pelo Southern Povery Law Center. Esse instituto monitora esse tipo de grupo nos Estados Unidos.

Em nota divulgado on-line, Earl Holt afirmou que seu grupo não pode ser considerado "responsável pelos atos desse indivíduo perturbado apenas porque ele encontrou informações corretas em nosso site".

Outros dois pré-candidatos na corrida pela presidência são beneficiários de pequenas quantidades: o ex-senador pela Pensilvânia Rick Santorum (1.500 dólares) e o senador por Kentucky Rand Paul (1.750 dólares).

O comitê político de Rand Paul (RandPAC) destinará essas doações aos fundos de ajuda às vítimas de Charleston, relatou o assessor Doug Stafford, em nota divulgada nesta segunda.

"Condeno os sentimentos expressos pelo sr. Holt. Essas declarações e sentimentos são inaceitáveis", criticou Rick Santorum, que também prometeu doar os valores arrecadados ao Mother Emanuel Hope Fund.

Após ataque a igreja, Obama alerta contra acesso a armas :
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