Grupo de mais de 300 civis é retirado da cidade síria de Homs
Cerca de mil pessoas já deixaram a cidade de Homs, que se converteu em um campo de batalha
Um novo grupo de mais 300 civis foi retirado nesta segunda-feira do sofrido centro histórico da cidade de Homs, no centro da Síria, depois que no fim de semana passado quase 700 pessoas deixaram a região, de acordo com o Crescente Vermelho.
Em uma postagem no Twitter, o organismo internacional informou sobre a saída desses civis, sem dar mais detalhes.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou, por sua vez, a retirada de 50 cidadãos do centro histórico de Homs, cercado pelo exército desde junho de 2012.
A ONG, com sede em Londres e uma ampla rede de ativistas no terreno, acrescentou que pelo menos dois homens morreram hoje devido aos ferimentos após o impacto ontem de foguetes e o disparo de balas na parte antiga.
Ativistas moradores da área, citados pelo Observatório, apontaram as forças leais ao regime de Bashar al Assad como autoras dos ataques.
O governador de Homs, Talal al Barazi, analisou hoje com o representante da ONU na Síria, Yacub al Hillo, a possibilidade de estender por mais dias a evacuação de civis, que a princípio estava prevista para entre sexta-feira passada e domingo.
Al Barazi calculou que um total de 694 mulheres, crianças, anciãos e doentes foram retirados nesses dias.
Durante o fim de semana, os opositores denunciaram vários ataques por parte dos leais ao regime, que deixaram mortos e feridos e dificultaram o despejo dos civis e a distribuição de ajuda humanitária.
No entanto, o vice-ministro de Relações Exteriores da Síria, Faiçal Miqdad, rejeitou hoje em Genebra as acusações e culpou grupos armados opositores dentro da cidade de "impedir os cristãos de sairem dela".
Miqdad fez essas declarações durante a primeira jornada da segunda rodada da chamada conferência Genebra 2, à qual foi uma delegação do regime e outra da oposição.