Um porta-voz do movimento islamita Hamas assegurou neste sábado que suas forças não estarão comprometidas em manter a paz caso Israel decida deixar Gaza e encerrar a ofensiva Limite Protetor de maneira unilateral.
"Os militantes do Hamas no terreno decidirão como responder a essa decisão. Não nos veremos comprometidos em nada", disse Sami Abu Zuhri em declarações à agência palestina "Ma'an". Israel "deve escolher que preço quer pagar: o preço de ficar em Gaza, o preço de se retirar ou o preço da negociação", acrescentou.
Após 26 dias de operação militar, a imprensa israelense chegou a anunciar que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu poderia encerrar a ofensiva militar em Gaza de forma unilateral, ou seja, sem chegar a um acordo com o Hamas com mediação do Egito, que entre hoje e amanhã recebe delegações palestinas com vista nas negociações.
Fontes do governo israelense, citadas pelos principais jornais locais, afirmaram que Israel não enviará delegações ao Cairo e que sua política será a de devolver "calma por calma". Abu Zuhri assegurou que Israel não pode destruir todo o arsenal do Hamas, muito menos todos os túneis, e, por isso, "a vitória da qual (Netanyahu) fala é virtual".
"Estamos preparados para todas as opções", declarou o porta-voz islamita. Posteriormente, em discurso na sede do Ministério da Defesa de Israel, Netanyahu disse que seu governo não encerrará a operação militar Limite Protetor, iniciada no último dia 8 de julho, mas que esta se baseará "exclusivamente" nos princípios de segurança de seu país, o que acabou sendo interpretado como uma possível retirada de suas forças.
A principal condição do Egito para exercer a função de mediador entre as partes consistia em um possível cessar-fogo, embora Israel tenha afirmado que não respeitará mais nenhuma trégua.
"Já vimos o que é negociar com o Hamas nas últimas seis vezes (de cessar-fogo). Também não vamos os premiar com um acordo", disse hoje à agência Efe uma fonte do escritório do primeiro-ministro ao descartar um possível pacto com o movimento islamita, que, por outro lado, exige o fim do bloqueio de sete anos à faixa.
12 de junho - Três adolescentes desapareceram na Cisjordânia. Exército israelense estabeleceu controle nas estradas da região de Gush Etzion e de Hebron e fez batidas em um bairro da localidade palestina de Dura, ao sudoeste de Hebron, para encontrá-los.
Foto: AP
14 de junho - Israel detém 80 palestinos e bloqueia Cisjordânia durante busca por adolescentes. Exército israelense informou do "fechamento de todo o distrito da Judeia e Samaria
Foto: Nasser Shiyoukhi / AP
15 de junho - Chefe do Parlamento palestino e membro do Hamas, Aziz Dweik foi preso por tropas de Israel, durante uma onda de prisões ligadas a uma caçada em massa por três adolescentes sequestrados.
Foto: AFP
18 de junho - Soldados israelenses entram em uma casa à procura de três adolescentes israelenses desaparecidos, que temem terem sido sequestrados por militantes palestinos, na aldeia de Taffouh perto da cidade de Hebron
Foto: AP
20 de junho - Soldados israelenses participam de operação de buscas na Cisjordânia. Durante a operação, o exército israelense deteve 25 palestinos na Cisjordânia
Foto: Reuters
20 de junho - Como retaliação ao sequestro dos adolescentes israelenses, exército israelense mata adolescente palestino. Jovem foi baleado no peito e morreu em um hospital de Hebron
Foto: AFP
22 de junho - Exército israelense continua operação contra o movimento islamita Hamas por causa do desaparecimento de três jovens judeus há nove dias. Outros dois palestinos são mortos em ações do Exército israelense
Foto: AP
22 de junho - Adolescente israelense morre em explosão nas Colinas de Golã. Fato na Colinas de Golã (foto) coincide com uma espiral de tensão na região pelo suposto sequestro de três adolescentes israelenses em um cruzamento da Cisjordânia
Foto: Wikimedia
29 de junho - Milhares de israelenses se reúnem para uma manifestação pedindo a libertação dos três adolescentes israelenses em falta, temidos raptadas na Cisjordânia em 12 de junho, em Tel Aviv, Israel
Foto: Oded Balilty / AP
29 de junho - Uma mulher israelense detém um cartaz com fotos dos três adolescentes israelenses em falta, temidos raptadas na Cisjordânia em 12 de junho
Foto: Oded Balilty / AP
30 de junho - Milicianos palestinos dispararam no começo da manhã desta segunda-feira 16 foguetes contra o sul de Israel, em uma nova reviravolta a uma escalada que começou com o suposto sequestro de três adolescentes na Cisjordânia.
Foto: Reuters
30 de junho - As forças de segurança israelenses encontraram nesta segunda-feira os corpos de três adolescentes que desapareceram na Cisjordânia no começo do mês e confirmaram que de fato se trata dos estudantes seminaristas procurados desde 12 de junho
Foto: Oded Balilty / AP
01 de julho - Jovem palestino Yussuf Abu Zagher, 18 anos, foi morto pelo Exército israelense, em um ataque contra o campo de refugiados de Jenin, no extremo-norte da Cisjordânia
Foto: Mohammed Ballas / AP
01 de julho - Israel bombardeou dezenas de locais na Faixa de Gaza, atacando alvos do Hamas depois da descoberta dos corpos de três adolescentes cujo sequestro e morte o país atribuiu ao grupo militante palestino
Foto: Nasser Shiyoukhi / AP
01 de julho - Milhares de israelenses participam dos funerais pelos três adolescentes israelenses que foram sequestrados em 12 de junho na Cisjordânia
Foto: Gil Cohen Magen / AFP
02 de julho - Pessoas observam os escombros da casa do palestino Ziad Awad, no sul da Cisjordânia. Israel demoliu a casa do palestino, preso este mês sob a acusação de ter matado à bala um policial israelense à paisana em abril, informou o Exército
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03 de julho - Exército israelense confirmou que a Força Aérea atacou posições islamitas em represália ao disparo de cerca de 20 foguetes da Faixa de Gaza
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04 de julho - Milhares de pessoas acompanharam a cerimônia entoando hinos e brandindo bandeiras; palestinos e policiais voltaram a entrar em confronto pelo terceiro dia consecutivo. Palestinos enfrentam a polícia israelense em um bairro árabe de Jerusalém
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07 de julho - Sete combatentes palestinos morreram e dois eram considerados desaparecidos após ataques na aéreos israelenses na madrugada de domingo para segunda-feira na Faixa de Gaza
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08 de julho - Pelo menos 25 palestinos, incluindo crianças, morreram e quase 100 outros ficaram feridos em ataques israelenses contra a Faixa de Gaza, executados em resposta aos disparos de foguetes, de acordo com o serviço de emergência palestino.