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Hezbollah diz que Israel quer estabelecer "novas regras" com ataque na Síria

25 jan 2015 - 12h17
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Um ataque israelense que matou diversos membros proeminentes do grupo libanês Hezbollah na semana passada, foi uma tentativa de Israel de estipular "novas regras" no conflito entre os dois inimigos, disse o vice-líder do grupo em reunião para homenagear os mortos.

Os comentários de Naim Qassem foram a primeira reação da liderança do grupo ao ataque de mísseis na província síria de Quneitra, próximo à fronteira de Israel.

Entre os mortos estava um oficial iraniano e o filho de um chefe militar do Hezbollah. Israel atacou o Hezbollah na Síria diversas vezes desde que o conflito começou, afetando as entregas de armas, mas o grupo não reconheceu estes ataques.

No entanto, a importância dos mortos no último ataque colocou o grupo sob pressão de retaliação, além de afetar o cessar-fogo entre Israel e Síria.

"É uma tentativa sionista de estabelecer as bases para uma nova equação (militar), no quadro da nossa luta com eles e conseguir com estes ataques o que eles não conseguiram alcançar na guerra... Mas Israel é fraco demais para ser capaz de desenhar novos passos ou novas regras", disse Qassem.

Ele não elaborou, mas deu a entender que o grupo irá responder ao ataque israelense. Ele afirmou que o líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah comunicará a postura oficial do grupo nos próximos dias.

"Continuaremos nossa jihad e estaremos onde devemos estar sem (permitir) que nada fique no nosso caminho", disse ele.

O Hezbollah, que lutou uma guerra de 34 dias contra Israel em 2006, poderia atacar Israel a partir de seu reduto no Líbano, afetar os interesses israelenses no exterior, ou atacar postos israelenses nas Colinas de Golã.

Todas as opções podem desencadear outra guerra ou mesmo um conflito mais amplo entre Israel e Síria.

Combatentes do Hezbollah, apoiado pelo Irã, têm lutado ao lado das forças do governo na guerra civil da Síria e ajudaram a mudar a maré em favor do presidente Bashar al-Assad.

O grupo diz que está lutando na Síria em parte para evitar que combatentes militantes islâmicos, como o braço sírio da Al Qaeda, a Frente Nusra, e o Estado Islâmico, avancem para o Líbano.

Em declarações à Rádio do Exército de Israel, o ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon se recusou a confirmar ou negar que Israel havia realizado o ataque, mas disse que reforços foram enviados para o norte.

"Dado o que foi impedido nas Colinas de Golã, o que foi exposto é um esforço iraniano, em parceria com o Hezbollah, de abrir uma frente conosco sobre as Colinas de Golã", disse ele.

"Eles começaram com foguetes e algumas bombas. Entendemos que eles querem aparentemente aprimorar para ataques terroristas mais significativos e de alta qualidade...", disse o ministro.

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