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Iêmen: em meio a crise com grupo xiita, presidente renuncia

Renúncia foi apresentada pouco depois do anúncio de que o primeiro-ministro Khaled Bahah também deixaria o cargo

22 jan 2015 - 16h14
(atualizado às 16h55)
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O presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, durante cerimônia de assinatura de acordo entre o governo e os rebeldes do grupo Houthi, em Sanaa, em setembro do ano passado. 21/09/2014
O presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, durante cerimônia de assinatura de acordo entre o governo e os rebeldes do grupo Houthi, em Sanaa, em setembro do ano passado. 21/09/2014
Foto: Mohamed al-Sayaghi / Reuters

O presidente do Iêmen, Abd-Rabbo Mansour Hadi, apresentou nesta quinta-feira a sua renúncia. O pedido foi feito pouco depois do anúncio de que o primeiro-ministro Khaled Bahah também teria deixado o cargo.

Bahah chegou a denunciar que o país está "em um beco sem saída", dizendo que não queria ser arrastado para "um labirinto político que não era construtivo". 

A afirmação trata-se de uma aparente referência a um impasse entre o governo e o poderoso movimento Houthi do Iêmen. 

Al-Qaeda do Iêmen ameaça França com novos ataques:

Após vários dias de violência na capital, Sanaa, o presidente e os milicianos xiitas que compõem o grupo entraram em um acordo - na noite da última quarta-feira - em que o grupo se comprometeu a deixar o palácio presidencial e liberar o chefe de gabinete de Hadi, sequestrado no sábado. Em troca, o projeto de Constituição, ao qual se opõem, poderá sofrer emendas.

Os huthis entraram na terça-feira no complexo presidencial e cercaram a residência do premiê.

O Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) condenaram uma demonstração de força dos milicianos e manifestaram seu apoio ao presidente.

No cargo desde a saída, sob pressão popular, do antecessor Ali Abdallah Saleh, Hadi viu seu poder se fragilizar, em participar depois da entrada, em 21 de setembro, de milicianos xiitas em Sanaa. 

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