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Iêmen: Unicef acusa Al-Qaeda de exploração sexual de menores

Braço da rede terrorista no Iêmen teria forçado em 2012 cerca de 100 jovens iemenitas, alguns com menos de 13 anos, a se casar com combatentes

17 jun 2014 - 15h38
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Crianças sentadas em um mercado na cidade velha de Sanaa, no Iêmen, em 17 de junho
Foto: Reuters

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) acusou a Al-Qaeda de explorar sexualmente crianças no Iêmen, citando casos recentes no sul do país, em um relatório publicado nesta terça-feira em Sana.

A Unicef indica que o braço da rede terrorista no Iêmen, a Al-Qaeda na Península Arábica (Aqpa), forçou em 2012 cerca de 100 jovens iemenitas, alguns com menos de 13 anos, a se casar com combatentes na província de Abyane (sul).

A rede extremista controlou durante parte do ano de 2012 esta província localizada ao norte de Aden.

O relatório ressalta "que as meninas e os meninos foram expostos à violência sexual em situações de conflito no Iêmen".

"Uma das formas desta violência é o casamento forçado que atinge uma centena de meninas apenas na província de Abyane, em que participaram líderes e combatentes" da Aqpa, escreve a organização.

"Sete casos de casamento forçados envolvendo meninas com menos de 13 anos foram registrados", acrescenta.

Além disso, "duas meninas foram dadas de presente" a membros da rede por seus irmãos que se juntaram à Aqpa.

Em outros casos, combatentes pagaram até 5.000 dólares às famílias para casar com suas filhas.

A maioria das meninas casadas à força em Abyane, entre as quais algumas tiveram filhos, foram abandonadas por seus maridos que fugiram da região em junho de 2012, após ação do Exército.

A Unicef destaca a dificuldade de verificar os casos de exploração sexual de meninos recrutados pela Al-Qaeda, mas indica ter contabilizado três casos em 2012.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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