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Irã considera 'inaceitável' recusa de embaixador na ONU

Disputa diplomática pode comprometer os recentes avanços obtidos nas negociações sobre o programa nuclear ucraniano. Abutalebi é acusado de ter participado do sequestro de diplomatas americanos em 1979

9 abr 2014 - 22h55
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<p>Senado americano negou o visto para Hamid Abutalebi porque, como explicou o porta-voz da Casa Branca, a nomea&ccedil;&atilde;o n&atilde;o era &quot;vi&aacute;vel&quot;</p>
Senado americano negou o visto para Hamid Abutalebi porque, como explicou o porta-voz da Casa Branca, a nomeação não era "viável"
Foto: AP

O Irã considerou nesta quarta-feira "inaceitável" a decisão dos Estados Unidos de negar o visto a seu novo embaixador nas Nações Unidas, acusado de ter participado do sequestro de diplomatas americanos em 1979.

A disputa diplomática pode comprometer os recentes avanços obtidos nas negociações sobre o programa nuclear ucraniano.

O Senado americano negou o visto para Hamid Abutalebi porque, como explicou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney na terça-feira, a nomeação não era "viável".

"O governo dos Estados Unidos está perfeitamente consciente de que esse tipo de comportamento é inaceitável para nós", declarou em Viena o chanceler iraniano, Mohamad Javad Zarif.

A princípio, os Estados Unidos são obrigados a conceder vistos aos diplomatas que trabalham na Organização das Nações Unidas, que tem sua base em Nova York.

O Departamento de Estado americano sempre se reservou o direito, porém, de contemplar "exceções" em "determinadas circunstâncias".

Entre elas, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jennifer Psaki, citou "as preocupações em termos de segurança, terrorismo e política externa".

"Há um amplo leque de motivos, pelos quais se poderia negar um visto", disse a porta-voz, que se negou a falar do caso específico de Abutalebi.

Abutalebi, que já ocupou cargos nas representações do Irã na Austrália, na Itália e na Bélgica, é considerado ligado aos setores reformistas de seu país e ao presidente moderado Hassan Rohani.

O diplomata negou reiteradamente sua participação na tomada de reféns em novembro de 1979, quando estudantes que haviam derrubado o Xá, favorável às potências ocidentais, ocuparam a embaixada dos Estados Unidos.

Ele alega que atuava como tradutor quando os estudantes, pouco depois da invasão à embaixada, libertaram 13 mulheres e afro-americanos. Os outros 52 reféns permaneceram retidos por 444 dias.

Esse último incidente diplomático entre Estados Unidos e Irã acontece em um período de relativa calma em muito tempo entre os dois países. Ambos romperam relações há mais de 30 anos, depois da Revolução Islâmica de 1979.

Em novembro passado, as potências ocidentais, incluindo os EUA, assinaram um acordo provisório com o Irã sobre o polêmico programa nuclear da República Islâmica. Eleito em junho de 2013, Rohani prometeu apaziguar as tensões com os países ocidentais, sobretudo, no terreno nuclear.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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