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Irã eleva gastos militares apesar de menor preço de petróleo e sanções

7 dez 2014 - 12h36
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O presidente iraniano, Hassan Rouhani, vai elevar gastos militares em mais de um terço no próximo ano fiscal, apesar de apresentar um orçamento "cauteloso, apertado" ao parlamento no domingo diante da queda dos preços do petróleo e sanções punitivas decorrentes do polêmico programa nuclear do país.

Rouhani propôs um orçamento geral de 8.400 trilhões de riais (312,13 bilhões de dólares) para o ano fiscal iraniano a partir de 20 de março de 2015.

Um orçamento menor do governo, parte de um orçamento geral maior, foi fixado em 2.200 trilhões de riais.

Estes são baseados em um preço do petróleo de 70 dólares, em oposição a 100 este ano, disse Rouhani. O petróleo caiu cerca de 40 por cento desde junho para menos de 70 dólares na sexta-feira.

"O orçamento é elaborado com um olhar cauteloso para os preços do petróleo", disse Rouhani em um discurso no Parlamento transmitido ao vivo pela televisão estatal. "A situação atual exige uma abordagem mais sutil e realista no projeto de orçamento."

O orçamento geral para 2015 será 6 por cento acima do deste ano, disse Rouhani, embora a inflação signifique que há um corte em termos reais e vai haver aperto dos gastos em algumas áreas.

No entanto, as despesas de defesa vão subir 33,5 por cento, para cerca de 282 trilhões de riais, a maioria dos quais serão destinados para a Guarda Revolucionária de elite.

O Irã está estocando foguetes, mísseis e outras armas convencionais para deter o que vê como ameaças de Israel, Estados Unidos e militantes muçulmanos sunitas no Oriente Médio, apesar de buscar uma solução diplomática para a questão nuclear com o Ocidente.

(Reportagem de Mehrdad Balali)

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