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Iraque é tema de reunião do Conselho de Segurança da ONU

Ban Ki-moon lançou um apelo à comunidade internacional para que se una em favor do país

12 jun 2014 - 08h18
(atualizado às 09h00)
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<p>O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou  o recrudescimento da violência no Iraque. Na foto, o secretário concede entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, em março deste ano</p>
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o recrudescimento da violência no Iraque. Na foto, o secretário concede entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, em março deste ano
Foto: Reuters

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas reúne-se nesta quinta-feira para discutir a situação no Iraque. Há crescente alarme entre a comunidade internacional desencadeado pela ofensiva-relâmpago lançada por grupos jihadistas que se aproximam da capital, Bagdá.

A sessão de consultas a porta fechada vai incluir uma apresentação por vídeo do enviado especial da ONU ao Iraque, Nickolay Mladenov, de acordo com diplomatas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou, durante a madrugada de hoje, um apelo à comunidade internacional para que se una em favor do Iraque, que enfrenta uma ofensiva radical islâmica nos arredores da capital.

Ban Ki-moon “condena com veemência o recrudescimento da violência no Iraque [que deriva] de grupos terroristas, como o Estado Islâmico e o Levante (EIIL), que tomaram o controle de Mossul, Tuz, Khurmatu, Baiji e Tikrit", indicou o seu porta-voz em comunicado.

Desde que o EIIL iniciou a ofensiva a Mossul – a segunda maior cidade do Iraque, com 2 milhões de pessoas – na segunda-feira passada (9), os rebeldes tomaram o poder em várias áreas do Norte e do Centro do país, forçando meio milhão de pessoas a abandonar suas casas.

A rapidez com que o EIIL e os seus aliados avançaram após a tomada de Mossul, concretizada na terça-feira, fez soar o alarme nas capitais ocidentais.

De acordo com as Nações Unidas, há mais de 2.500 famílias deslocadas em Mossul, a maioria abrigada em escolas e mesquitas, sendo que, segundo as estimativas, cerca de 100 mil entraram em Arbil, capital da região autônoma curda no Norte do Iraque.

O Irã na luta contra o terrorismo no Iraque

O Irã "lutará contra a violência e o terrorismo" dos rebeldes jihadistas sunitas que lançaram uma ofensiva na terça-feira no noroeste do Iraque, afirmou nesta quinta-feira o presidente iraniano, Hassan Rohani.

Em seu discurso transmitido pela televisão, Rohani não forneceu detalhes sobre o que o Irã, de maioria xiita, pode fazer para apoiar seu vizinho Iraque.

Os rebeldes "se consideram muçulmanos e chamam sua luta de guerra santa", afirmou o presidente iraniano, denunciando os atos selvagens contra a população realizados por "um grupo de extremistas e terroristas".

"Por nossa parte, o governo lutará contra a violência, o extremismo e o terrorismo na região e no mundo", disse Rohani, que presidirá uma reunião do conselho superior de segurança nacional, o órgão encarregado de determinar as políticas de defesa e de segurança da república islâmica.

Na quarta-feira, o chefe da diplomacia iraniana, Mahmud Javad Zarif, havia condenado "os assassinatos de cidadãos iraquianos" e deu o apoio do Irã "ao governo e ao povo iraquiano para lutar contra o terrorismo".

O Irã reforçou nos últimos anos as relações políticas e econômicas com seu vizinho iraquiano dirigido por aliados xiitas.

Com informações da Agência Brasil e AFP.

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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