O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas reúne-se nesta quinta-feira para discutir a situação no Iraque. Há crescente alarme entre a comunidade internacional desencadeado pela ofensiva-relâmpago lançada por grupos jihadistas que se aproximam da capital, Bagdá.
A sessão de consultas a porta fechada vai incluir uma apresentação por vídeo do enviado especial da ONU ao Iraque, Nickolay Mladenov, de acordo com diplomatas.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou, durante a madrugada de hoje, um apelo à comunidade internacional para que se una em favor do Iraque, que enfrenta uma ofensiva radical islâmica nos arredores da capital.
Ban Ki-moon “condena com veemência o recrudescimento da violência no Iraque [que deriva] de grupos terroristas, como o Estado Islâmico e o Levante (EIIL), que tomaram o controle de Mossul, Tuz, Khurmatu, Baiji e Tikrit", indicou o seu porta-voz em comunicado.
Desde que o EIIL iniciou a ofensiva a Mossul – a segunda maior cidade do Iraque, com 2 milhões de pessoas – na segunda-feira passada (9), os rebeldes tomaram o poder em várias áreas do Norte e do Centro do país, forçando meio milhão de pessoas a abandonar suas casas.
A rapidez com que o EIIL e os seus aliados avançaram após a tomada de Mossul, concretizada na terça-feira, fez soar o alarme nas capitais ocidentais.
De acordo com as Nações Unidas, há mais de 2.500 famílias deslocadas em Mossul, a maioria abrigada em escolas e mesquitas, sendo que, segundo as estimativas, cerca de 100 mil entraram em Arbil, capital da região autônoma curda no Norte do Iraque.
06 de junho - Jovens iraquianos observam os danos causados após a explosão de um carro-bomba na cidade de Kirkuk
Foto: AFP
08 de junho - Imagem de propaganda do EIIL. Militantes lutaram contra forças iraquianas em Tikrit, em 11 de junho, após os jihadistas tomarem a faixa norte do país, incluindo a cidade de Mossul
Foto: AFP
08 de junho - Imagem retirada de uma propaganda veiculada no dia 08 de junho pelo grupo EIIL mostra militantes perto da cidade iraquiana de Tikrit
Foto: AFP
10 de junho - Família iraquianas se reúnem em um posto de controle curdo, em uma região autônoma do Curdistão. Elas fogem da violência presente na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
10 de junho - Foto tirada de um celular mostra um homem armado assistindo a um veículo militar em chamas, em Mossul
Foto: AFP
11 de junho - Imagem divulgada pelo grupo EIIL, mostra militantes indo a um local não revelado, na província de Nínive, no Iraque
Foto: AFP
11 de junho - Imagem divulgada por um perfil de notícias jihadista no Twitter mostra um militante do grupo EIIL segurando uma arma na fronteira sírio-iraquiana
Foto: AFP
11 de junho - Imagem disponibilizada pelo perfil de notícias jihadistas Al-Baraka mostra militantes do EIIL pendurando uma bandeira da Jihad Islâmica em um poste no topo de um antigo forte militar, na aldeia de Al Siniya
Foto: AFP
11 de junho - Iraquianos limpam as ruas depois de um ataque suicida de um homem-bomba, em uma tenda, onde líderes tribais xiitas estavam reunidos, na cidade de Sadr, no norte de Bagdá
Foto: AFP
11 de junho - Um grupo de curdos são vistos sentados dentro de um veículo, estacionado próximo à cidade de Mossul, no Iraque. No dia 10 de junho, militantes sunitas invadiram a cidade.
Foto: AFP
11 de junho - Parte do uniforme de um membro do Exército iraquiano é visto no chão, em frente a restos de um veículo militar queimado, a 10 km da cidade de Mossul
Foto: AFP
12 de junho - Membros do grupo Asaib Ahl al-Haq carregam caixão de colega morto em Najaf durante confrontos com o grupo rebelde Estado Islâmico e o Levante (EIIL) na província de Salahuddin
Foto: Reuters
12 de junho - Soldado do grupo insurgente Estado Islâmico e o Levante (EIIL) monta guarda em posto de controle em Mossul
Foto: Reuters
12 de junho - Forças especiais da polícia capturam homens armados na cidade iraquiana de Tikrit
Foto: Reuters
12 de junho - Dezenas de famílias deixam Mossul em direção a cidades curdas por causa da escalada da violência na região
Foto: Reuters
12 de junho - Voluntários que se juntaram ao Exército iraniano para lutar contra os insurgentes sunitas que tomaram controle da cidade de Mossul viajam em caminhão militar para Bagdá
Foto: Reuters
12 de junho - Membros das forças de segurança iraquianas posam para foto em Bagdá
Foto: Reuters
12 de junho - Insurgentes montam guarda em posto de controle na cidade iraquiana de Mossul
Foto: Reuters
15 de junho - Voluntários se unem ao exército iraquiano para combater militantes sunitas do EIIL
Foto: Reuters
16 de junho - Voluntários se juntam ao exército iraquiano para combater os militantes predominantemente sunitas
Foto: Reuters
16 de junho - Combatentes xiitas participam de mais um treinamento em estilo militar, em Najaf
Foto: Reuters
17 de junho - Combatentes do Exército Mehdi marcham durante um treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
17 de junho - Pessoas se reúnem em local onde um ataque com carro-bomba deixou 13 mortos e 30 feridos em Bagdá
Foto: Reuters
17 de junho - Combatentes xiitas marcham em treinamento em estilo militar na cidade sagrada de Najaf
Foto: Reuters
17 de junho - Combatentes tribais gritam palavras de luta enquanto carregam armas em um desfile nas ruas de Najaf, ao sul de Bagdá
Foto: Reuters
19 de junho - soldados desfilam dentro do principal centro do Exército durante uma campanha de recrutamento de voluntários para o serviço militar em Bagdá, Iraque
Foto: AP
19 de junho - homens iraquianos chegam ao principal centro de recrutamento do Exército de voluntários para o serviço militar em Bagdá, após autoridades pedirem ajuda ao povo iraquiano no combate aos insurgentes
Foto: AP
19 de junho - centenas de homens mobilizam-se para lutar contra os insurgentes do Estado Islâmico e do Levante, em Bagdá
Foto: AP
19 de junho - voluntários das recém-formadas "Brigadas de Paz" participam de um desfile na cidade xiita de Najaf, no Iraque
Foto: AP
20 de junho - seguidores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr realizam orações ao ar livre no reduto xiita da cidade de Sadr, em Bagdá
Foto: AP
20 de junho - militares das "Brigadas de Paz" participam de desfile no sul da cidade sagarada de Najaf
Foto: AP
22 de junho - mulher iraquiana banha seu filho em um acampamento para deslocados internos que fugiram de Mossul e outras cidades tomadas pelos insurgentes do Estados Islâmico e do Levante
Foto: AP
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O Irã na luta contra o terrorismo no Iraque
O Irã "lutará contra a violência e o terrorismo" dos rebeldes jihadistas sunitas que lançaram uma ofensiva na terça-feira no noroeste do Iraque, afirmou nesta quinta-feira o presidente iraniano, Hassan Rohani.
Em seu discurso transmitido pela televisão, Rohani não forneceu detalhes sobre o que o Irã, de maioria xiita, pode fazer para apoiar seu vizinho Iraque.
Os rebeldes "se consideram muçulmanos e chamam sua luta de guerra santa", afirmou o presidente iraniano, denunciando os atos selvagens contra a população realizados por "um grupo de extremistas e terroristas".
"Por nossa parte, o governo lutará contra a violência, o extremismo e o terrorismo na região e no mundo", disse Rohani, que presidirá uma reunião do conselho superior de segurança nacional, o órgão encarregado de determinar as políticas de defesa e de segurança da república islâmica.
Na quarta-feira, o chefe da diplomacia iraniana, Mahmud Javad Zarif, havia condenado "os assassinatos de cidadãos iraquianos" e deu o apoio do Irã "ao governo e ao povo iraquiano para lutar contra o terrorismo".
O Irã reforçou nos últimos anos as relações políticas e econômicas com seu vizinho iraquiano dirigido por aliados xiitas.