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Oriente Médio

Iraque: premiê pede que moradores de Falluja expulsem insurgentes

Centenas de pessoas morreram nos últimos dias em confrontos entre forças de segurança e insurgentes

6 jan 2014 - 06h23
(atualizado às 09h52)
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Militantes combatem as forças de segurança em Falluha no domingo
Militantes combatem as forças de segurança em Falluha no domingo
Foto: AP

O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, pediu que os moradores e as tribos de Falluja expulsem os insurgentes ligados à Al-Qaeda que controlam esta cidade para evitar confrontos. Ele pediu "ao povo de Falluja e as suas tribos que expulsem os terroristas" para que a região "não fique exposta ao perigo de confrontos armados", indicou nesta segunda-feira a rede de televisão estatal Iraqiya.

Os combatentes do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL), extremistas sunitas ligados à Al-Qaeda, tomaram no sábado o controle de Falluja e de bairros de Ramadi, 50 km mais a oeste. As duas localidades estão situadas na província majoritariamente sunita de Al-Anbar, bastião de insurgentes desde a invasão do país liderada pelos Estados Unidos em 2003 e local de contestação contra Maliki, um xiita acusado de marginalizar a comunidade sunita.

No domingo, uma autoridade iraquiana declarou à AFP que as forças de segurança preparavam "uma grande ofensiva" para retomar Falluja. Contudo, a televisão estatal indicou que o primeiro-ministro ordenou que as forças de segurança "não bombardeiem as zonas residenciais em Falluja".

Segundo uma testemunha, o EIIL "ainda controla a cidade (de Falluja). Mas eles não exibem mais suas bandeiras, em uma espécie de tática para evitar que sejam alvos".

Em Ramadi, foram registrados novos combates na manhã desta segunda-feira no norte, noroeste e sul da cidade, segundo um comandante da polícia. Também foram relatados confrontos a leste de Falluja.

Na província de Al-Anbar, de onde Ramadi é a capital, quatro forças estão presentes: as forças de segurança e seus aliados, o EIIL e as forças anti-governamentais do "Conselho Militar das Tribos".

Os combates em Al-Anbar deixaram mais de 200 mortos em três dias, nos episódios de violência mais sangrentos nesta província em anos, de acordo com fontes oficiais.

Após a invasão americana e a queda de Saddam Hussein, Ramadi e Falluja tornaram-se bastiões da insurreição, e foi em Al-Anbar que as forças americanas sofreram suas perdas mais pesadas desde a guerra do Vietnã.

No domingo, o secretário de Estado americano John Kerry expressou um apoio com reservas às autoridades iraquianas. "Os Estados Unidos irão continuar em contato estreito" com as autoridades de Bagdá, "vamos ajudá-los em sua luta, mas é uma luta que, finalmente, terá que ser vencida por eles e eu tenho a certeza de que são capazes", afirmou.

Militantes se preparam para enfrentar as forças de segurança iraquianas em Falluja no domingo
Militantes se preparam para enfrentar as forças de segurança iraquianas em Falluja no domingo
Foto: Reuters

Contudo, os últimos soldados americanos deixaram o Iraque há mais de dois anos e "nós não planejamos o envio de tropas", insistiu o secretário americano, cujas últimas tropas deixaram o Iraque em dezembro de 2011. Por outro lado, o Irã anunciou estar disposto a fornecer equipamentos militares e assessoramento ao Iraque em sua luta contra a Al-Qaeda.

Os combates tiveram início em Ramadi há uma semana depois do desmantelamento de um acampamento de opositores sunitas que degenerou em conflitos. Os insurgentes aproveitaram-se de uma retirada da polícia após os confrontos provocados pela operação de repressão contra o movimento de protesto sunita, hostil a Maliki.

A violência, que havia diminuído a partir de 2006 com a criação das milícias sunitas Sahwa pelo exército americano para combater a Al-Qaeda, voltaram com força em 2013, atingindo os níveis recordes de 2008.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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