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Israel ampliará operações em Gaza se Hamas rejeitar trégua

O grupo palestino alega não ter recebido nenhuma proposta de cessar-fogo

15 jul 2014 - 07h33
(atualizado às 09h35)
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<p>Netanyahu anunciou que intensificará as operações militares em Gaza se o Hamas não aceitar o acordo de cessar-fogo  </p>
Netanyahu anunciou que intensificará as operações militares em Gaza se o Hamas não aceitar o acordo de cessar-fogo
Foto: Gali Tibbon / AP

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu nesta terça-feira que o exército ampliará as operações na Faixa de Gaza se o Hamas rejeitar a trégua proposta pelo Egito e prosseguir com os lançamentos de foguetes.

"Se o Hamas não aceitar a proposta egípcia, como é o caso atualmente, Israel terá toda a legitimidade internacional para ampliar suas operações militares com o objetivo de restabelecer a calma", disse Netanyahu durante um encontro com o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, em Tel Aviv.

A posição do Hamas

O Hamas afirmou nesta terça-feira em Gaza que não recebeu nenhuma oferta de cessar-fogo por parte de Israel ou outras instâncias internacionais, por isso seguirá "fazendo o que for necessário para continuar protegendo o povo" palestino.

"Nós não temos nada, não recebemos nenhum papel, não nos importa o que Israel tenha decidido", explicou à Agência Efe o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, sobre o cessar-fogo decretado pelo Executivo israelense após proposta do Egito.

Abu Zuhri disse que não é aceitável dizer que "Israel interrompeu as hostilidades após oito dias bombardeando (a Faixa de Gaza) e matando cerca de duzentas pessoas".

O dirigente do Hamas afirmou que o cessar-fogo adotado unilateralmente por Israel "não representa que alguém tenha ganhado ou perdido" o conflito. "Simplesmente vamos seguir com nossa luta até que acabe a ocupação dos territórios palestinos. Esta é a verdadeira vitória para nós", disse.

Outro líder do movimento islamita, Moussa Abu Marzuk, no entanto, afirmou que a direção da organização "continua analisando a iniciativa (egípcia)".

"O Hamas não adotou ainda nenhuma posição oficial", afirmou Marzuk para a agência "Al Ray", controlada pelo grupo palestino.

Já Izzat al Resheq, outro dirigente do Hamas, manifestou em uma rede social que "a iniciativa egípcia não foi analisada ou debatida com o Hamas, a Jihad Islâmica ou qualquer outro grupo da resistência palestina".

O líder islamita Osama Hamdan declarou a um canal libanês que não acredita que a iniciativa egípcia possa ser chamada de um acordo: "Só beneficia Israel, é uma piada".

Com informações da AFP e EFE.

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Foto: Reuters

Fonte: Terra
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