Israel anula libertação de prisioneiros palestinos
Media está elacionada à decisão palestina de solicitar a adesão a 15 acordos e tratados internacionais
Israel anulou a libertação do último grupo de prisioneiros palestinos prevista no âmbito das negociações de paz, indicaram nesta quinta-feira fontes próximas às negociações.
A chefe da delegação israelense, Tzipi Livni, comunicou ao seu colega palestino que Israel se negava a cumprir com a promessa de libertação de 26 prisioneiros devido à decisão palestina de solicitar a adesão a 15 acordos e tratados internacionais, indicou a fonte.
Livni, também ministra da Justiça, reuniu-se na véspera em Jerusalém com o emissário americano Martin Indyk e o negociador palestino Saëb Erakat.
Ela disse à parte palestina que nenhuma gestão unilateral fará avançar as negociações e pediu aos palestinos que desistam da decisão de aderir aos tratados internacionais, segundo uma das fontes.
Em julho passado, em função do acordo patrocinado pelos Estados Unidos, a Autoridade Palestina aceitou suspender qualquer trâmite de adesão aos organismos e convenções internacionais durante nove meses de negociações em troca da libertação de prisioneiros palestinos detidos em Israel desde 1993.
Três grupos de prisioneiros foram libertados, mas, para proceder à quarta e última libertação, Israel exigiu um prolongamento das negociações além do prazo de 29 de abril.
Os palestinos rejeitaram esta condição extra e por isso Israel se negou a libertar os prisioneiros em 29 de março, como estava previsto no acordo.
Em represália, o presidente da Autoridade Palestina decidiu retomar o processo de adesão a várias agências e tratados internacionais da ONU.