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Israel derruba casa de palestino acusado de matar israelense

Há décadas, o Exército de Israel explode ou demole casas de militantes, mas interrompeu a prática em 2005, dizendo ser contraproducente em seu esforço para desencorajar ataques

2 jul 2014 - 14h10
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<p>Pessoas observam os escombros da casa do palestino Ziad Awad, na aldeia de Idhna, perto da cidade de Hebron, no sul da Cisjord&acirc;nia, em&nbsp;2 de julho</p>
Pessoas observam os escombros da casa do palestino Ziad Awad, na aldeia de Idhna, perto da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia, em 2 de julho
Foto: Mussa Qawasma / Reuters

Israel demoliu nesta quarta-feria a casa do palestino Ziad Awad, preso este mês sob a acusação de ter matado à bala um policial israelense à paisana em abril, informou o Exército.

Um porta-voz do Exército, o tenente-coronel Peter Lerner, disse que a demolição tinha por objetivo servir como fator de dissuasão.

"A implementação da ordem de demolição serve para dissuadir e transmite uma severa advertência aos terroristas e seus cúmplices de que suas ações terão graves consequências", disse.

Na segunda-feira, a mais alta corte de Israel rejeitou um apelo de um grupo israelense pró-direitos humanos contra a decisão do Exército de demolir a casa no vilarejo de Idhna, perto da cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia.

Há décadas o Exército de Israel explode ou demole casas de militantes, mas interrompeu a prática em 2005, dizendo ser contraproducente em seus esforços para desencorajar ataques.

"Eles chegaram às 3h da manhã e acabaram de destruir a casa às 7h. Eu pensei que fossem só derrubar a casa do meu irmão, mas agora tudo se foi e nós também não temos para onde ir", disse um irmão de Ziad, Mohammed, que vive na mesma pequena construção que abrigava outros 15 membros de toda a família.

O HaMoked Centre, grupo israelense pró-direitos humanos, afirmou que a sentença viola a lei de Israel e a lei internacional, segundo as quais "uma pessoa não pode ser punida pelos atos de outra".

"As maiores vítimas são os ocupantes da casa demolida, e não o suposto responsável", argumentou.

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