Israel investiga soldados flagrados em vídeo espancando palestino
O exército de Israel abriu um processo disciplinar contra quatro soldados que foram flagrados em um vídeo agredindo e insultando um palestino enquanto um deles pedia aos outros que tirasse a câmera dali.
A agressão aconteceu na sexta-feira em Yilazun, campo de refugiados ao norte da cidade cisjordaniana de Ramala, na presença de jornalistas e fotógrafos, e foi divulgado este fim de semana pela imprensa palestina e pelo site israelense "Ynet".
O vídeo mostra um palestino entre vários soldados, e um deles o insultando a gritos e o espancando antes de outro agente se aproximar brandindo uma espingarda em posição ameaçadora.
O palestino, que aparece desarmado e não é afastado em nenhum momento dos soldados israelenses, é rendido por estes, que o jogam no chão, quando é agredido no rosto com um fuzil.
O exército israelense assinalou em comunicado que, com base em informações preliminares, a conduta dos soldados se contradiz com "a esperada" e que eles podem ser submetidos a medidas disciplinares não especificadas.
"Os envolvidos no incidente comparecerão diante do comandante de brigada para esclarecer o fato, e se for necessário, serão adotadas medidas disciplinares contra eles. As investigações preliminares indicam que o comportamento mostrado não é coerente com o esperado de soldados do exército israelense", disse a nota.
De acordo com o exército israelense, antes do incidente gravado em vídeo, foram registrados em Yalazun distúrbios que envolveram 50 e 70 palestinos, e alguns deles teriam jogado pedras contra forças israelenses, eu deixaram um soldado ferido.
A imprensa palestina identificou o civil que aparece no vídeo como Shadi al-Habsi, que teria tomado parte em um protesto na sexta-feira depois de um parente seu ficar ferido por gás lacrimogêneo disparado pelos soldados israelenses.
Segundo a imprensa, as forças israelenses também utilizaram sua casa para se refugiar das pessoas que os atacavam com pedras, o que provocou danos em sua propriedade. Habsi foi levado ao assentamento judaico de Beit El após sua detenção.