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Israel reage e ataques são retomados após fim de cessar-fogo

Cessar-fogo terminou oficialmente às 8h locais (2h de Brasília); após disparos contra seu território, Israel reagiu e voltou a atacar áreas da Faixa de Gaza

8 ago 2014 - 02h23
(atualizado às 07h39)
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Bombardeios voltam a acontecer em Gaza após trégua de 72 horas
Bombardeios voltam a acontecer em Gaza após trégua de 72 horas
Foto: Amir Cohen / Reuters

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram nesta sexta-feira que foguetes foram interceptados pelo sistema antimísseis do país minutos depois do fim do cessar-fogo de três dias na Faixa de Gaza, enquanto vários outros caíram em locais sem causar perigo, e por isso revidou e atacou algumas áreas da região. Apesar das tentativas, não houve acordo para uma extensão da trégua ou o fim dos conflitos.

Pouco antes, o movimento islâmico Hamas já havia anunciado que não manteria o cessar-fogo com Israel, uma vez que o Estado hebreu não havia concordado em aceitar suas exigências, entre elas acabar com o bloqueio sobre Gaza. A trégua terminou oficialmente às 5h GMT (8h locais, 2h em Brasília).

Segundo as IDF, ao menos dois foguetes foram interceptados sob a cidade de Ashkelon, no sul do país, pelo Domo de Ferro, enquanto outros projéteis disparados teriam caído em áreas abertas e desabitadas perto da divisa com Gaza.

Ainda de acordo com os militares israelenses, em aproximadamente três horas desde o fim da trégua, ao menos 18 foguetes haviam sido disparados de Gaza em direção ao seu território, o que levou Israel a responder aos ataques.

Em um breve comunicado para a imprensa, a Jihad Islâmica reivindicou a autoria dos primeiros lançamentos de foguetes.

Já o movimento islamita Hamas se limitou a dizer que não foi acordada nenhuma prorrogação da trégua, mas que as negociações no Cairo, a capital do Egito, continuam. Para Sami Abu Zuhri, o porta-voz do Hamas, as acusações de disparos por Israel "servem apenas para criar confusão e misturar as coisas".

Representantes israelenses e palestinos realizaram uma longa reunião até a noite dessa quinta-feira no Cairo, mediada pelos anfitriões, para tentar uma extensão do cessar-fogo, mas o encontro terminou sem acordo.

Fim de cessar-fogo faz rotinas serem retomadas

A divisão de Defesa Civil das IDF instaurou novamente nesta sexta-feira as medidas de emergência em um raio de 40 quilômetros ao redor da Faixa de Gaza, reabriu os refúgios e proibiu a concentração de pessoas em um raio de 80 quilômetros, informaram fontes militares.

A medida, que afeta mais de 1 milhão de pessoas de Gaza até a cidade de Rishon Lezion, ao sul de Tel Aviv, foi tomada depois que 18 foguetes foram lançados hoje contra o território israelense, sem causar vítimas e danos.

No sul de Israel, os prefeitos de quase todas as localidades emitiram ordens para que sejam evitadas as concentrações de pessoas e pediram que seus moradores permaneçam próximos dos refúgios.

Em Gaza, milhares de civis começaram a deixar suas casas nas regiões norte e leste do território palestino por temerem ataques de Israel.

Iniciada no último dia 8 de julho, a operação israelense Barreira Protetora matou pelo menos 1.890 palestinos, incluindo 430 crianças, de acordo com o Ministério palestino da Saúde. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 73% das vítimas são civis. Do lado israelense, 64 soldados e três civis morreram.

A guerra também pulverizou a já fragilizada economia da Faixa de Gaza, um pequeno território de 360 quilômetros quadrados, no qual 1,8 milhão de pessoas tentam sobreviver ao bloqueio imposto por Israel.

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Com informações das agências AFP e EFE

Fonte: Terra
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