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Oriente Médio

Israel recaptura 51 prisioneiros palestinos soltos em 2011

Prisões ocorreram durante operação de busca de adolescentes desaparecidos que completa seis dias

18 jun 2014 - 10h40
(atualizado às 10h42)
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<p>Soldados israelenses entram em uma casa à procura de três adolescentes israelenses desaparecidos, que temem terem sido sequestrados por militantes palestinos, na aldeia de Taffouh perto da cidade de Hebron, nesta quarta-feira, 18 de junho</p>
Soldados israelenses entram em uma casa à procura de três adolescentes israelenses desaparecidos, que temem terem sido sequestrados por militantes palestinos, na aldeia de Taffouh perto da cidade de Hebron, nesta quarta-feira, 18 de junho
Foto: AP

Israel prendeu novamente 51 palestinos que haviam sido libertados em 2011 em uma troca de prisioneiros, disse o Exército nesta quarta-feira, no sexto dia de uma busca por três adolescentes desaparecidos, que o governo acredita tenham sido sequestrados na Cisjordânia.

Israel acusa os militantes islâmicos do Hamas de terem sequestrado os estudantes seminaristas, que desapareceram na última quinta-feira enquanto caminhavam por uma trilha próxima a uma colônia judaica. Não há notícias deles desde então, nem qualquer reivindicação pública de responsabilidade ou demandas de resgate —incluindo do Hamas, embora não tenha cofirmado nem negado envolvimento.

Um porta-voz militar disse que mais de 65 palestinos foram detidos durante a noite, incluindo 51 que faziam parte de um grupo de 1.027 prisioneiros soltos por Israel há três anos em troca do soldado Gilad Shalit, sequestrado pelo Hamas em 2006.

“Temos dois esforços em andamento paralelamente. O primeiro é trazer de volta os rapazes, e o segundo é punir o Hamas por suas ações”, disse o tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar israelense.

Palestinos disseram que a maioria dos que foram presos novamente era afiliada ao Hamas, e acusaram Israel de renegar o acordo de troca de prisioneiros, que foi parcialmente intermediado pelo Egito.

“O que Israel está fazendo não tem nada a ver com segurança, mas sim com uma política de vingança”, disse Qadoura Fares, presidente do Clube de Prisioneiros Palestinos, que advoga em nome de palestinos presos por Israel.

Uma autoridade egípcia disse que o país, que está em contato com o Hamas e outras facções palestinas, está ajudando Israel a conseguir informações que possam levar ao paradeiro dos jovens desaparecidos. Mas ele negou relatos da mídia de que uma mediação do Egito entre os dois lados já estava em andamento.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, cujo acordo de unidade com o Hamas em abril levou Israel a suspender as conversas de paz com ele, disse que os responsáveis pelo sequestro somente conseguiram provocar a fúria militar de Israel contra os palestinos na Cisjordânia.

“Independentemente de quem fez isso, temos que dizer isso a eles, porque não podemos tolerar tais operações”, disse Abbas em um evento da Organização da Conferência Islâmica, em Jedá.

"Estamos coordenando (com Israel) para devolver esses jovens, porque eles são seres humanos e queremos proteger as vidas de seres humanos”, disse Abbas, que teve uma rara conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda-feira.

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