Israel se apropria de terras na Cisjordânia, diz jornal
A invasão se baseia em lei da era otomana que permitia o confisco de áreas que não tenham sido plantadas ou cultivadas por vários anos seguidos
Israel realizou uma nova apropriação de terras na Cisjordânia ocupada, disse no domingo o jornal Haaretz, em uma ação que poderá complicar os esforços para levar adiante as negociações de paz conturbadas com os palestinos.
O Haaretz disse que o Ministério da Defesa declarou que cerca de 250 acres (100 hectares) do território do assentamento de Gush Etzion, ao sul de Jerusalém, são "terras do país". Ao ser questionado pela Reuters sobre a reportagem, o ministério não quis comentar o assunto.
Segundo o jornal de esquerda, a apropriação de terras foi a maior em anos e poderá, eventualmente, levar à expansão de vários assentamentos e ao reconhecimento de um posto avançado de colonos construído sem a autorização do governo israelense em 2001.
A medida, que é insuficiente para anexar a terra a Israel, se baseia em uma interpretação israelense de uma lei da era otomana que permitia o confisco de áreas que não tenham sido plantadas ou cultivadas por vários anos seguidos.
O Haaretz disse que líderes de aldeias palestinas próximas que reivindicaram as terras como suas foram informados da medida na semana passada e têm 45 dias para recorrer.