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Israelenses rejeitam exército por abusos contra palestinos

Esta pode ser uma das manifestações mais importantes contra ações israelenses dos últimos anos

12 set 2014 - 09h39
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Alguns dos reservistas que negaram servir ao exército israelense por abusos contra palestinos
Alguns dos reservistas que negaram servir ao exército israelense por abusos contra palestinos
Foto: Ynet News / Reprodução

Quarenta e três reservistas israelenses de uma unidade de elite da inteligência militar anunciaram sua rejeição a servir novamente e acusaram o exército de abusos contra os palestinos, em uma carta publicada nesta sexta-feira na imprensa.

Se for confirmada a autenticidade da carta, publicada no jornal de grande tiragem Yediot Aharonot, será uma das expressões de objeção de consciência mais importantes em Israel em muito tempo.

Os 43 signatários serviram na unidade 8200, o serviço de inteligência militar mais apreciado, explica o jornal. Esta unidade é especializada na ciberdefesa e frequentemente é comparada à NSA (National Security Agency) americana.

Como reservistas, estes 43 homens e mulheres podem ser convocados às fileiras a qualquer momento.

Os soldados e oficiais, cujos nomes não foram revelados, disseram que não queriam "continuar servindo a este sistema, que prejudica os direitos de milhares de pessoas".

"Pedimos a todos os soldados que servem na unidade ou que vão servir, e a todos os cidadãos israelenses, que levantem suas vozes contra estes abusos e trabalhem para colocar fim a eles", afirma a carta, segundo o jornal.

A carta foi escrita inicialmente antes da guerra na Faixa de Gaza, travada entre julho e agosto. No entanto, o texto final também se refere à falta de discurso público sobre o grande número de civis palestinos mortos durante o conflito, 70% das mais de 2.100 vítimas fatais, segundo a ONU.

Os 43 reservistas afirmam que não atenderão ao chamado às fileiras anual do exército, podendo ser detidos e obrigados a depor perante um tribunal militar.

Todos os homens israelenses cumprem três anos de serviço militar ao fim da escola, e as mulheres dois anos.

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AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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