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Japão e Jordânia buscam notícias sobre prisioneiros ameaçados pelo Estado Islâmico

30 jan 2015 - 09h11
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O Japão e a Jordânia trabalhavam em estreita colaboração nesta sexta-feira para descobrir o que havia acontecido com dois de seus cidadãos detidos pelo Estado Islâmico, após o fim do prazo dado pelo grupo islamita para a libertação de uma suposta mulher-bomba que está no corredor da morte em Amã.

Pessoas fazem vigília em frente à residência do premiê do japão, Shinzo Abe, em prol de Kenji Goto. 30/01/2015
Pessoas fazem vigília em frente à residência do premiê do japão, Shinzo Abe, em prol de Kenji Goto. 30/01/2015
Foto: Toru Hanai / Reuters

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que todos os esforços foram feitos para garantir a soltura do jornalista Kenji Goto.

"Estamos recolhendo e analisando informações ao mesmo tempo que pedimos a cooperação da Jordânia e outros países, fazendo todos os esforços para libertar Kenji Goto", disse ele a uma comissão parlamentar.

A Jordânia informou na quinta-feira que ainda estava mantendo presa a mulher-bomba iraquiana, depois do fim do prazo dado pelos militantes do Estado Islâmico, que ameaçaram matar um piloto da Jordânia, a menos que ela fosse entregue até o pôr-do-sol.

Uma mensagem de áudio supostamente de Goto dizia que o piloto seria morto se a Jordânia não libertasse Sajida al-Rishawi, detida por seu papel em um atentado suicida que matou 60 pessoas na capital da Jordânia, Amã, em 2005.

O áudio ampliava o prazo fixado na terça-feira em outra mensagem de Goto, na qual ele afirmava que seria morto dentro de 24 horas, se Sajida não fosse solta.

O chefe de gabinete de governo japonês, Yoshihide Suga, declarou na noite de sexta-feira (horário de Tóquio) que o país estava fazendo tudo a seu alcance, mas se recusou a responder se as negociações tinham parado e se houve algum progresso.

"Estamos fazendo as coisas que temos de fazer, uma após a outra, de forma constante", disse ele em entrevista coletiva.

A crise dos reféns ocorre num momento em que o Estado Islâmico, que já divulgou anteriormente vídeos mostrando as decapitações de cinco reféns ocidentais, está sob crescente pressão de ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos e do avanço das tropas curdas e iraquianas, que tentam expulsá-los das regiões que conquistaram no Iraque e Síria.

JORDÂNIA EXIGE PROVAS

Cerca de uma hora antes do novo prazo acabar na quinta-feira, o porta-voz do governo da Jordânia, Mohammad al-Momani, disse que o país continuava mantendo Sajida presa.

"Queremos a prova ... de que o piloto está vivo, para que possamos prosseguir com o que dissemos ontem, trocando o prisioneiro com o nosso piloto", declarou Momani à Reuters.

O piloto Muath al-Kasaesbeh foi capturado depois que seu jato caiu no nordeste da Síria, em dezembro, durante uma missão de bombardeio contra o Estado Islâmico.

Momani disse separadamente que a Jordânia estava coordenando esforços com as autoridades japonesas para garantir a libertação de Goto, um veterano repórter de guerra.

(Reportagem adicional de Kaori Kaneko, Kiyoshi Takenaka e Linda Sieg, em Tóquio, e Ahmed Tolba, no Cairo)

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