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John Kerry faz visita surpresa ao Iraque

Visita manifesta apoio ao novo governo iraquiano e busca união contra Estado Islâmico

10 set 2014 - 08h20
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Kerry faz visita surpresa ao Iraque; na imagem, o secretário de Estado americano em voo da Jordânia a Bagdá
Foto: Brendan Smialowski / Reuters

O secretário de Estado americano, John Kerry, desembarcou nesta quarta-feira em Bagdá para uma visita não anunciada durante a qual manifestará apoio ao novo governo iraquiano em sua luta contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), que controla uma parte do país.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos terá uma reunião com o primeiro-ministro Haidar al-Abadi, como parte de uma viagem ao Oriente Médio para consolidar uma coalizão de mais de 40 países para combater o EI, que espalha o terror no Iraque e na Síria.

Kerry pretende elogiar os dirigentes iraquianos pela formação de um novo governo, anunciado na segunda-feira, segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki.

Ele também falará sobre a maneira como Washington pode ajudar o governo iraquiano nos esforços comuns para derrotar o EI e sobre o "papel crucial" do Iraque na criação de uma "coalizão mundial", completou a porta-voz.

Há apenas dois dias, o parlamento iraquiano aceitou a maioria dos ministros propostos por Al Abadi, que tentou formar um governo integrado por representantes de várias correntes para acabar com a divisão política, o que foi elogiado por Washington.

Entre os vice-presidentes se destaca o primeiro-ministro em fim de mandato, o xiita Nouri al-Maliki, que após fortes pressões cedeu o cargo mês passado a Abadi.

O parlamento deu sinal verde também ao programa do governo de Abadi, que insistiu na necessidade de obter apoio internacional para combater o EI.

Este apoio internacional é o que também os EUA querem. O país começou com bombardeios aéreos em território iraquiano contra posições dos jihadistas em 8 de agosto.

Kerry viajará após sua escala em Bagdá para a Jordânia e a Arábia Saudita, para continuar a construir a coalizão mundial contra o EI.

Na cidade saudita de Jidá ele se reunirá amanhã, quinta-feira, com os representantes de Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito e Turquia.

A coalizão para lutar contra o EI será a "mais ampla possível" e pode durar "meses ou inclusive anos", explicou Kerry antes de iniciar a viagem.

No domingo os ministros árabes de Relações Exteriores decidiram elevar para máximo o nível de coordenação para enfrentar o jihadismo do EI, sem mencionar de forma explícita a aliança ambicionada pelos EUA.

O EI proclamou um califado islâmico nos territórios da Síria e do Iraque sob seu controle.

Com informações da AFP e EFE.

Fonte: Terra
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