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Líbano prende importante extremista ligado à Al-Qaeda

Extremista preso reivindicou, em novembro, um ataque suicida duplo contra a embaixada iraniana em Beirute, matando 25 pessoas

12 fev 2014 - 14h59
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Membros das Forças Armadas do Líbano desmontam um carro bomba em um estacionamento em Corniche al-Marzaa, em Beirute
Membros das Forças Armadas do Líbano desmontam um carro bomba em um estacionamento em Corniche al-Marzaa, em Beirute
Foto: AFP

O Exército do Líbano prendeu nesta quarta-feira um importante militante ligado à Al-Qaeda, descrito por fontes da área de segurança como um "mentor dos carros-bomba" que têm sido usados contra as regiões xiitas do país.

Fontes do setor de segurança afirmaram que a prisão de Naim Abbas poderia ajudar na descoberta de células de radicais extremistas no Líbano, que têm intensificado os ataques contra os militares e contra o grupo xiita Hezbollah.

Horas depois da prisão de Abbas, as forças de segurança encontraram dois carros-bomba, um no centro de Beirute e outro numa vila perto da fronteira com a Síria. "Foi ele (Abbas) que confessou e deu a localização dos dois carros. Até agora foram descobertos dois carros, mas muitos outros virão", disse uma fonte da área de segurança à Reuters.

Abbas, um palestino, foi preso na sua casa num subúrbio de Beirute, numa operação liderada pelos militares no início desta quarta. Ele teria participado de quatro ataques com carro-bomba contra áreas xiitas no sul de Beirute e de dois ataques contra a cidade xiita de Hermel. Os locais são redutos do Hezbollah. Civis foram mortos nas ações.

"Ele conduziu os homens-bomba até o sul. Ele é o mentor dos carros-bomba", disse uma fonte do setor de segurança.

A atual violência no Líbano está ligada ao conflito de três anos na vizinha Síria, com as tensões entre os xiitas e os sunitas aumentando dos dois lados da fronteira.

O Líbano, que ainda se recupera da sua guerra civil (1975-1990) enfrenta dificuldades para impedir que a violência da Síria chegue ao seu território. O Hezbollah enviou combatentes para ajudar o aliado e presidente sírio, Bashar al-Assad, contra os rebeldes de maioria sunita, muitos deles militantes islâmicos.

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