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Líder da Al-Qaeda no Líbano morre na prisão

Al-Majid estava na lista dos terroristas mais procurados da Arábia Saudita

4 jan 2014 - 12h26
(atualizado às 12h44)
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O líder da Al-Qaeda no Líbano, Majid al-Majid, morreu neste sábado, segundo informações do Exército libanês.

Al-Majid estava preso e teria morrido de falência renal em um hospital militar.

O saudita, que liderava desde 2012 as Brigadas Abdullah Azzam, ligadas à Al-Qaeda, estava na lista dos terroristas mais procurados da Arábia Saudita e havia sido detido no Líbano recentemente.

O grupo esteve por trás de ataques em várias partes do Oriente Médio, entre os quais um atentado a bomba contra a embaixada iraniana em novembro, em Beirute, que matou 23 pessoas.

Segundo um comunicado do Exército, o comandante da Al-Qaeda teria entrado em coma em decorrência do problema nos rins.

Linha dura

O ministro da Defesa libanês, Fayez Ghosn, havia confirmado a prisão de Al-Majid e informado que ele estaria sendo interrogado em um local secreto. Ele se recusou a dizer quando e aonde a prisão ocorreu.

No entanto, uma fonte ligada às forças de segurança do Líbano disse à agência Reuters que Al-Majid teria sido capturado com outro militante saudita e que estaria vivendo na cidade de Sidon, no sul do país.

Com base no Líbano e na Península Arábica, as Brigadas Abdullah Azzam levam o nome de um palestino jihadista que recrutou mujahideen para a luta contra os soviéticos no Afeganistão nos anos 80.

O grupo atraía militantes islâmicos linha dura que ainda lutaram no Iraque e teria se estabelecido no campo de refugiados palestinos de Ein el-Hilweh, perto de Sidon.

O ataque de novembro contra a embaixada do Irã teria sido o primeiro grande ataque das brigadas.

O Irã e o grupo militante libanês Hezbollah são aliados ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

E segundo relatos da imprensa local, Majid al-Majid estaria ligado ao líder da frente al-Nusra Front, uma afiliada da al-Qaeda que busca derrubar Assad do poder.

A Síria está mergulhada em uma guerra civil desde 2011.

Após o ataque à embaixada do Irã, um clérigo salafista próximo às brigadas disse que outros atentados seriam realizados no Líbano até que o Hezbollah pare de lutar junto ao governo sírio.

Na quinta-feira, a explosão de um carro bomba em Beirute matou cinco pessoas, entre elas a brasileira Malak Zahwe, de 17 anos. A jovem, nascida em de Foz do Iguaçu, morava no Líbano com o pai e a madrasta, que também morreu no ataque, há três anos.

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