Líder do Hamas pede união de palestinos por ataque de Israel

O número 2 do movimento islamita Hamas, Ismail Haniyeh, pediu nesta terça-feira uma maior cooperação interna entre os palestinos para fazer frente à nova ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, a chamada "Operação Limite Protetor".

Em comunicado enviado para a imprensa, Haniyeh destacou que a cooperação é necessária "neste momento delicado" e sugeriu a convocação de uma reunião de emergência da liderança da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) para analisar a presente situação.

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"Devemos trabalhar juntos para proteger nossa unidade", afirmou o líder do Hamas em Gaza, em alusão ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

O Hamas e o partido nacionalista Fatah anunciaram no dia 2 de junho a formação de um governo transitório de reconciliação nacional que pôs fim a sete anos de divisão.

Além disso, Haniyeh pediu uma reunião de emergência da Liga Árabe e da Organização da Conferência Islâmica para "avaliar a agressão israelense e suas consequências para a população palestina".

Pelo menos nove civis ficaram feridos na noite de segunda-feira em novos bombardeios da aviação israelense contra as residências de militantes dos movimentos islamitas em Gaza, informaram fontes médicas.

Israel e Hamas ficaram próximos de protagonizar um conflito de grande envergadura na noite de ontem depois que o braço armado da organização palestina, - as "Brigadas Ezedin al-Qassam" - anunciou que tinha lançado uma série de foguetes contra Israel.

O governo israelense decidiu enviar no último fim de semana tropas terrestres e artilharia ao perímetro de Gaza, além de ampliar o escudo antimísseis ("Domo de Ferro") e convocar, na segunda-feira, 1,5 mil reservistas após o aumento do número de foguetes lançados por milicianos palestinos.

Apenas na noite de ontem, antes do início da "Operação Limite Protetor", as milícias palestinas lançaram mais de 70 foguetes contra Israel.