Maioria dos americanos apoia posição de Obama sobre a Síria após discurso
Levantamento da CNN feito após o pronunciamento do presidente norte-americano na noite de terça-feira mostra que 61% concordam com a posição expressada pelo líder
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 61% dos americanos apoiam a posição sobre a Síria expressada pelo presidente Barack Obama em discurso, embora uma parte de cidadãos siga reticente com relação a uma intervenção militar.
Na pesquisa realizada pela rede CNN e a empresa ORC após o discurso, 61% dos entrevistados disseram que apoiavam a posição do presidente sobre a Síria, enquanto 37% afirmaram o contrário.
No entanto, 50% dos indagados consideraram que Obama não tinha sido suficientemente convincente sobre a necessidade dos EUA de atuarem militarmante na Síria, enquanto outros 47% disseram que foram convencidos.
60% do entrevistados asseguraram que não é de interesse nacional dos EUA se envolver no sangrento conflito sírio, enquanto 39% indicaram que acreditam que seja.
Esses últimos números variaram ligeiramente com relação a outra pesquisa desenvolvida pelas mesmas empresas no final de semana passado, quando eram de 65% e 30%, respectivamente.
Na pesquisa de ontem à noite, 52% disseram que após o discurso de Obama confiavam mais na liderança do presidente em assuntos militares e internacionais; mas outros 52% afirmaram que a alocução não tinha mudado a opinião sobre o assunto.
Guerra na Síria para iniciantes
Dias após anunciar sua intenção de responder com uma ação militar "limitada" ao suposto ataque de armas químicas por parte do regime sírio em 21 de agosto, Obama se mostrou ontem à noite mais disposto a apelar para diplomacia para resolver a crise.
Em seu discurso, o líder pediu ao Congresso que adie o voto sobre o ataque contra a Síria para avaliar uma proposta russa encaminhada com relação à destruição do arsenal químico de Damasco.
"Esta iniciativa tem o potencial de eliminar a ameaça das armas químicas sem o uso da força, particularmente porque a Rússia é um dos mais firmes aliados de Assad", ressaltou Obama.
Na pesquisa, realizada com 361 adultos que viram o discurso e com uma margem de erro de mais ou menos cinco pontos percentuais, 65% consideraram provável que a situação das armas químicas seja resolvida diplomaticamente, sem ter de recorrer ao uso da força, enquanto 35% opinaram o contrário.
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam