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Malala doa prêmio de 50 mil dólares a escolas de Gaza

Dinheiro deverá ser usado exclusivamente na reconstrução de 65 colégios destruídos durante o conflito com Israel

29 out 2014 - 17h56
(atualizado às 17h57)
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<p>Vencedora do Nobel da Paz 2014, Malala Yousafzai discursa durante&nbsp;cerim&ocirc;nia de recebimento do pr&ecirc;mio&nbsp;Crian&ccedil;as do Mundo, na Su&eacute;cia, em 29 de outubro</p>
Vencedora do Nobel da Paz 2014, Malala Yousafzai discursa durante cerimônia de recebimento do prêmio Crianças do Mundo, na Suécia, em 29 de outubro
Foto: Anders Wiklund/TT News Agency / Reuters

Malala Yousafzai, homenageada com o Nobel da Paz de 2014, anunciou nesta quarta-feira que doará o prêmio Crianças do Mundo, que acaba de receber, para a reconstrução de escolas em Gaza.

"Esse dinheiro - 50 mil dólares - será integralmente dedicado à reconstrução de escolas em Gaza. Acredito que isso ajudará as crianças a continuarem estudando e a conseguirem um ensino de qualidade", disse a jovem paquistanesa de 17 anos, ao receber o prêmio em Mariefred, ao sul de Estocolmo.

"Já sabemos até que ponto essas crianças sofreram devido aos conflitos e à guerra de Gaza. Esses meninos precisam de nosso apoio neste momento, pois enfrentam situações difíceis", acrescentou.

Malala entregará o dinheiro para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA, em inglês) para que seja destinado à reconstrução de 65 escolas.

"Todos nós devemos trabalhar para garantir que meninas e meninos palestinos, assim como todas as crianças do mundo, recebam uma educação de qualidade em um lugar seguro, porque sem educação nunca haverá paz", afirmou a adolescente em um comunicado publicado pela UNRWA.

O programa Crianças do Mundo foi criado em 2000 e consiste em uma formação para meninas e meninos sobre seus direitos e democracia. O programa é concluído com a votação envolvendo participantes do mundo inteiro.

Além de Malala, também foram premiados em caráter honroso o americano John Wood, um antigo dirigente da Microsoft que fundou uma ONG para a alfabetização, e a nepalesa Indira Ranamagar, que trabalha com crianças prisioneiras. Ambos dividiram a outra metade do prêmio.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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