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Ministro sírio diz que EUA viraram parceiros de terroristas

7 abr 2017 - 05h29
(atualizado às 07h30)
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Base aérea de Shayrat, na cidade síria de Homs, alvo do ataque com mísseis dos Estados Unidos
Base aérea de Shayrat, na cidade síria de Homs, alvo do ataque com mísseis dos Estados Unidos
Foto: Reuters

O Comando do Exército da Síria classificou nesta sexta-feira o ataque dos Estados Unidos contra a base aérea de Shayrat como uma "agressão" e disse que com essa ação Washington se transformou em um "parceiro" dos terroristas.

O ataque deixou pelo menos seis mortos, dezenas de feridos e "grandes perdas materiais", segundo afirmou um porta-voz do Comando em um pronunciamento em Damasco, divulgado pela televisão oficial.

O porta-voz afirmou que o ataque "faz dos EUA um parceiro" do Estado Islâmico (EI) e do Frente al Nusra (atual Frente de Conquista de Levante) que se desvinculou da Al Qaeda no ano passado e ressaltou que se trata uma ação "ilegal" e "contrária" ao direito internacional.

Segundo o Comando do Exército, o bombardeio está na linha da estratégia americana, que "desde o primeiro dia" pretende "enfraquecer" as capacidades militares da Síria em sua luta contra o terrorismo.

A resposta de Damasco será "insistir em seu dever nacional de defender os sírios e lutar contra o terrorismo e estabelecer de novo a segurança na Síria".

Além disso, voltou a rebater as "justificativas" dos EUA para lançar o ataque, que segundo afirmação do presidente Donald Trump, representa uma represália ao suposto bombardeio com armas químicas contra a cidade de Jan Shijun, e ressaltou que Washington ""não sabe a verdade sobre o que aconteceu e quem é o responsável".

As autoridades de Damasco reconheceram que realizaram o bombardeio contra Jan Shijun, na última terça-feira, mas negaram de maneira categórica o uso de armas químicas.

De acordo com a versão síria, eles atingiram um depósito de armas químicas do Frente al Nusra.

A ONU confirmou que pelo menos 70 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas, embora o Observatório Sírio de Direitos Humanos tenha elevado o número de mortos para 86 e a Defesa Civil falou de mais de 300 feridos.

Vídeo mostra momento em que EUA disparam mísseis contra base síria:
EFE   
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