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Monarquias do Golfo pedem retirada de 'forças estrangeiras' da Síria

11 dez 2013 - 09h09
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Os países árabes do Golfo exigiram nesta quarta-feira a retirada de "todas as forças estrangeiras" da Síria, em alusão aos combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah e dos conselheiros do Irã que ajudam o regime do presidente sírio Bashar al-Assad.

Em um comunicado divulgado no fim de sua cúpula anual, os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) afirmam que "os pilares do regime que têm sangue do povo sírio (em suas mãos) não devem desempenhar nenhum papel no governo de transição e no futuro político da Síria".

Os países do CCG, liderados pela Arábia Saudita, que apoia a rebelião síria contra o regime de Assad, são favoráveis à participação da oposição na conferência internacional de paz sobre a Síria, chamada Genebra 2 e prevista para o dia 22 de janeiro.

No comunicado, os líderes árabes do Golfo dizem que "apoiam a decisão das forças da revolução e da oposição sírias, representantes legítimas do povo sírio, de participar da conferência de Genebra 2". Esta conferência reunirá representantes do regime de Damasco e da oposição para tentar encontrar uma solução política ao conflito.

O Conselho de Cooperação do Golfo estima que Genebra 2 deve levar à "formação de um governo de transição dotado de plenos poderes de acordo com a declaração de Genebra 1", adotada em junho de 2012, segundo o comunicado.

Os países árabes do Golfo também felicitaram nesta quarta-feira a nova orientação do Irã, pedindo ao país que concretize este novo rumo com medidas efetivas. "O Conselho de Cooperação do Golfo celebra a nova orientação da direção iraniana e espera que ela continue com medidas efetivas com um impacto positivo", afirmaram os seis países membros.

A declaração do CCG afirma acolher favoravelmente o acordo nuclear fechado em novembro em Genebra entre as grandes potências e Teerã, ao considerar que constituiu "um primeiro passo em direção a um acordo global e permanente sobre o programa nuclear do Irã, que suscita receios em nível internacional e regional".

Após o acordo de Genebra, a república islâmica do Irã lançou uma ofensiva diplomática de aproximação de seus vizinhos do Golfo. O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Sharif, visitou na época quatro países do CCG (Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e Kuwait).

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