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Novos ataques aéreos contra jihadistas no Iraque e na Síria

Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes participaram de ataques junto aos Estados Unidos neste sábado

27 set 2014 - 13h56
(atualizado às 14h01)
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<p>Caças F-15E da Força Aérea dos EUA sobrevoam o Iraque após realizar ataques na Síria </p>
Caças F-15E da Força Aérea dos EUA sobrevoam o Iraque após realizar ataques na Síria
Foto: Força Aérea dos EUA / Reuters

Novos ataques aéreos realizados pela coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) atingiram vários alvos no Iraque e na Síria, anunciou neste sábado o Pentágono.

Esses novos ataques aéreos liderados por caças americanos, mas que também tiveram a participação da Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, atingiram sete alvos na Síria, segundo o comandante americano para o Oriente Médio e Ásia Central (Centcom).

No Iraque, três ataques realizados neste sábado se concentraram no sudoeste de Erbil. O Reino Unido enviou, pela primeira vez, neste sábado, jatos da Força Aérea Real que sobrevoaram o Iraque. 

Já na Síria, aviões de guerra das forças da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos bombardearam neste sábado posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na cidade de Al Raqqah, considerada seu principal reduto na Síria.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos explicou em comunicado que foram escutadas pelo menos 30 explosões nessa cidade, localizada no norte do país, e em sua periferia.

As forças da coalizão bombardearam essa zona com mísseis que alcançaram vários acampamentos e um edifício governamental.

A ONG acrescentou que a aliança internacional também realizaram ataques aéreos pela primeira vez na província de Homs, no centro da Síria, contra a área de Al Hamad, uma região desértica sob controle dos jihadistas situada ao leste da cidade de Palmira.

Por outro lado, os aviões da coalizão bombardearam bases e postos do EI nos povos de Alishar e Sitalab, junto à fronteira com a Turquia e na periferia do enclave curdo de Kobani, no norte da Síria junto à fronteira com a Turquia, que os extremistas assediam desde 16 de setembro.

O presidente do Organismo Autônomo de Defesa e Proteção de de Kobani, Esmat Sheij Hasan, disse à Agência Efe por telefone que a aviação internacional atacou instalações do EI que estavam "vazias" porque os radicais tinham evacuado anteriormente em previsão dos bombardeios.

Por sua vez, os carros de combate dos jihadistas dispararam projéteis de artilharia contra vários distritos residenciais do interior da cidade de Kobani, onde pelo menos 12 civis ficaram feridos, indicou Hasan.

O responsável curdo sírio destacou que é a primeira vez que os projéteis do EI alcançam a cidade desde o início da ofensiva dos jihadistas contra Kobani.

Enquanto isso, os enfrentamentos entre o EI e as Unidades de Proteção do Povo Curdo prosseguiram hoje na periferia sudeste da população, "embora tenham diminuído em intensidade", apontou Hasan.

Segundo o Observatório, pelo menos sete extremistas morreram durante esta jornada nos combates contra milicianos curdos.

Desde o começo do assalto a Kobani, o EI dominou mais de 100 povoações nas imediações do enclave curdo sírio, o que gerou um êxodo de refugiados à Turquia.

A coalizão

As muitas atrocidades, incluindo a decapitação de estrangeiros, cometidas pelo EI em áreas sob seu controle levaram os Estados Unidos a criar uma coalizão internacional, que inclui vários países árabes e ocidentais.

Os EUA anunciaram na segunda-feira o começo da ofensiva contra o EI na Síria, na qual também participam vários estados árabes como a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Catar.

Na guerra contra os jihadistas, o exército alemão iniciará na próxima semana a formação e treinamento de combatentes curdos, segundo a revista Der Spiegel.

No total, cerca de 10 mil combatentes curdos serão equipados com armas alemãs, e por isso a necessidade de treinamento por parte deles na utilização de tais armas.

Com informações da AFP e EFE.

Fonte: Terra
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