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Novos ataques em Gaza deixam ao menos 17 palestinos mortos

Ataques aconteceram nas primeiras horas desta terça-feira - no horário local

28 jul 2014 - 21h21
(atualizado às 22h26)
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Uma unidade de artilharia móvel israelense dispara contra a Faixa de Gaza nesta segunda-feira.
Uma unidade de artilharia móvel israelense dispara contra a Faixa de Gaza nesta segunda-feira.
Foto: Baz Ratner / Reuters

Os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza mataram dezessete palestinos nas primeiras horas desta terça-feira, incluindo oito mulheres e quatro crianças, informaram os serviços de emergência.

"Sete pessoas, sendo cinco mulheres e uma criança, foram mortas em um bombardeio que destruiu um prédio de três andares em Rafah", no sul da Faixa de Gaza, informou Ashraf al-Qudra, porta-voz dos serviços de emergência.

No campo de refugiados de Bureij, no centro da Faixa de Gaza, disparos da artilharia de Israel mataram mais seis palestinos, "incluindo três crianças e duas mulheres, e outras 15 pessoas ficaram feridas" na manhã de terça.

Segundo Al-Qudra, que não precisou onde ocorreram quatro mortes, 17 palestinos, incluindo oito mulheres e quatro crianças, faleceram vítimas dos disparos de artilharia contra Rafah e dos ataques aéreos contra Bureij.

A aviação israelense também bombardeou na manhã desta terça a casa de Ismail Haniyeh, líder do Hamas na Faixa de Gaza, situada no campo de refugiados de Chati, no noroeste do território palestino, informou a família do dirigente.

"O inimigo israelense bombardeou nossa casa em dois ataques", declarou Abed Salam Haniyeh, filho do dirigente do Hamas.

Na segunda-feira, oito crianças e dois adultos morreram no campo de refugiados de Chati. Ambos os lados do conflito trocam acusações, mais uma vez, sobre a responsabilidade no episódio.

Segundo testemunhas, caças israelenses F-16 lançaram cinco mísseis sobre um grupo de crianças. Já o Exército de Israel garante que se trata de disparos de foguetes lançados pelo Hamas.

Israel também intensificou nesta terça seus ataques contra a cidade de Gaza, especialmente sobre o bairro da Universidade Islâmica, constatou a AFP.

Por volta das 19H15 (13H15 Brasília), Israel conclamou a população civil a abandonar certas zonas da cidade de Gaza "imediatamente", antecipando os bombardeios.

Durante a segunda-feira, 47 corpos deram entrada nos necrotérios da Faixa de Gaza: 31 palestinos mortos nos bombardeios desta segunda e 12 retirados de escombros. Outros quatro palestinos faleceram no hospital após seu resgate de escombros.

Desde o início da ofensiva de Israel, há 22 dias, os bombardeios contra a Faixa de Gaza já mataram 1.104 palestinos.

Israel também sofreu baixas na segunda-feira. Quatro militares - tripulantes de tanque - foram mortos por um tiro de morteiro ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, e outro soldado caiu em combate no território palestino.

No total, o Exército hebreu já perdeu 48 soldados, o maior número de baixas desde a guerra contra o Hezbollah libanês, em 2006.

Três civis israelenses foram mortos por disparos de foguetes da Faixa de Gaza.

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