Número 2 da Al Qaeda é morto no Irã, diz jornal; Teerã nega
Abu Muhammad al-Masri teria sido alvejado por agentes israelense
Dois agentes secretos israelenses mataram em uma operação no Irã, sob comando dos Estados Unidos, o número 2 da Al Qaeda, Abdullah Ahmed Abdullah, mais conhecido como Abu Muhammad al-Masri, de acordo com reportagem do jornal The New York Times.
O governo iraniano, no entanto, negou a história e a chamou de informação falsa. Segundo o NYT, a suposta ação contra Al-Masri ocorreu na capital Teerã, no dia 7 de agosto, aniversário dos atentados de 1998 contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, que deixaram 224 mortos.
Tido como organizador desses ataques, o terrorista teria sido morto por dois agentes do Mossad que estavam a bordo de uma moto. A operação também teria matado a esposa de Al-Masri, Miriam, viúva de Hamza bin Laden, filho do fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden.
O FBI havia oferecido US$ 10 milhões por informações que levassem à captura de Al-Masri, cujo nome estava na lista de criminosos mais procurados pelos EUA até a última sexta-feira (13).
No entanto, o Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou neste sábado (14) que a informação publicada pelo New York Times é "falsa". "Os inimigos do Irã, principalmente Estados Unidos e Israel, tentam nos jogar a responsabilidade dos atos criminosos da Al Qaeda e de outros grupos terroristas da região", disse um porta-voz da pasta.
O ministério ainda qualificou a notícia sobre a morte de Al-Masri como um "cenário digno de Hollywood". De maioria xiita, o Irã sempre negou qualquer envolvimento com grupos jihadistas sunitas, como o Estado Islâmico e a Al Qaeda, que frequentemente atingem outras comunidades muçulmanas.