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Obama afirma que confiança entre EUA e Iraque foi "quebrada"

21 jun 2014 - 00h30
(atualizado às 00h39)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que a confiança que seu governo depositou nos líderes do Iraque está "quebrada" e advertiu que não seguirá adiante com sua assistência militar a Bagdá se a liderança xiita no país não integrar sunitas e curdos no processo político.

"Demos ao Iraque a oportunidade de ter uma democracia inclusiva, de unir as linhas sectárias no país e proporcionar um futuro melhor para seus filhos. E infelizmente, o que vimos é que a confiança se quebrou", disse Obama em uma entrevista à rede de televisão CNN.

"Parte da tarefa agora é ver se os líderes iraquianos estão preparados para superar suas motivações sectárias, unir-se e negociar. Se não podem, não vai haver uma solução militar a este problema. Nenhuma parcela de potência militar americana vai poder manter o país unido", acrescentou o presidente.

Na entrevista, que será transmitida na segunda-feira e sobre a qual a emissora antecipou hoje um trecho, Obama negou que sua decisão de enviar 300 assessores militares ao Iraque represente um respaldo ao governo xiita de Nouri al-Maliki.

"Nos centros de operações conjuntas que possamos montar, em qualquer tarefa de assessoria que possamos fazer, se não vemos xiitas, sunitas e curdos na estrutura do comando militar; se não vemos apoio político de xiitas, sunitas e curdos para o que estamos fazendo, então não faremos", garantiu o presidente.

Obama ressaltou que o papel inicial do contingente americano no Iraque será de "avaliação", para determinar se os iraquianos "ainda têm uma cadeia de comando que funcione e se seu exército ainda é capaz" de trabalhar para resistir a ameaça jihadista do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

O EIIL tomou no último dia 10 a segunda maior cidade do país, Mossul, e se impôs em várias áreas do norte do Iraque, o terceiro produtor de petróleo do mundo, ameaçando avançar rumo a Bagdá e aos santuários xiitas de Karbala e Najaf.

EFE   
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