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Ataques russos na Síria são receita para desastre, diz Obama

2 out 2015 - 18h47
(atualizado às 19h04)
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Foto: Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta sexta-feira que as forças da Rússia na Síria não distinguem o Estado Islâmico da oposição moderada no país e classificou essa atitude de uma "receita para o desastre".

A Rússia começou na quarta-feira a bombardear zonas controladas por opositores do regime de Bashar al Assad na Síria, após enviar dezenas de caças e equipamentos militares ao leste do país, reduto das forças leais ao presidente.

Em entrevista coletiva na Casa Branca, Obama reiterou que a Rússia não está atacando somente os terroristas do EI, também combatidos pela coalizão internacional liderada pelos EUA, mas incluiu como alvos todo tipo de força de oposição a Assad.

Obama disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, está agora "incentivando" e apoiando o regime de Assad "mais abertamente". E lembrou que na reunião entre eles na ONU, na terça-feira, ambos concordaram que a transição política na Síria é a única solução possível.

O presidente americano disse que as ações militares russas na Síria só servirão para fortalecer o EI e farão com que Moscou entre em um "lamaçal".

"Putin interferiu na Síria por fraqueza, não por força", disse Obama, dizendo que a Rússia se alinhou com Assad e com o Irã, enquanto os EUA criaram uma coalizão de 60 países para acabar com os jihadistas do EI.

Obama reiterou que os EUA seguirão apoiando a oposição moderada contra Assad, mesmo ficando evidente que o programa de treinamento dos rebeldes avança muito lentamente e não permite que os ataques aéreos sejam coordenados com avanços por terra.

Os EUA disseram que dariam boas-vindas se a Rússia quisesse participar da coalizão contra o EI, mas, por enquanto, o país decidiu bombardear também a oposição moderada inimiga de Assad.

Até o momento, EUA e Rússia se limitaram a discutir medidas para evitar "encontrões" ou acidente militar pela realização de operações no mesmo espaço aéreo.

EFE   
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