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ONU: 160 jovens estão no corredor da morte no Irã

Organização denuncia violação dos princípios mínimos de justiça

26 jun 2014 - 11h58
(atualizado às 12h24)
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A ONU acusou nesta quinta-feira o Irã de ter no corredor da morte 160 jovens que foram condenados quando eram menores de idade, assim como de proceder a execuções sentenciadas ao final de julgamentos nos quais foram violados os princípios mínimos de justiça.

<p>"A execução iminente de Razieh Ebrahimi revela novamente o uso inaceitável da pena de morte contra criminosos juvenis no Irã"</p>
"A execução iminente de Razieh Ebrahimi revela novamente o uso inaceitável da pena de morte contra criminosos juvenis no Irã"
Foto: Twitter

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu às autoridades iranianas para impedir a iminente execução de uma jovem acusada de assassinar, quando tinha 17 anos, seu marido, com quem foi casada aos 14 anos, teve um filho e aos 15 foi violentava.

"A execução iminente de Razieh Ebrahimi revela novamente o uso inaceitável da pena de morte contra criminosos juvenis no Irã", declarou.

Sustentou que, independentemente das circunstâncias do crime, a aplicação da pena capital a pessoas acusadas de crimes cometidos antes dos 18 anos é proibida pelas leis internacionais de direitos humanos.

O Irã viola, além disso, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, assim como a Convenção sobre os Direitos da Criança, que referendou e está obrigado a cumprir, indicou.

Como antecedentes dessa situação, Pillay mencionou também o caso de Jannat Mir, um menino afegão de 17 anos que foi enviado a uma prisão da região central do Irã, por crimes de drogas.

Isso, após ter sido condenado à morte sem ter tido acesso a um advogado ou aos serviços consulares de seu país.

A ONU recebeu informações referentes a outros cinco jovens afegãos executados em circunstâncias parecidas.

Este ano, a ONU estima - de forma conservadora - que mais de 250 pessoas tenham sido executadas no Irã, enquanto diversas fontes relacionadas à proteção dos direitos humanos citam números muito mais elevados.

A maioria de sentenças teve relação com crimes por drogas.

No ano passado, no país islâmico aplicou a pena capital a 500 pessoas, 57 de forma pública.

A alta comissária também condenou a execução de pelo menos seis prisioneiros políticos e afirmou que outros quatro estão em risco iminente de seguir o mesmo caminho.

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EFE   
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