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ONU alerta que há 200 mil palestinos deslocados em Gaza

Mais de mil palestinos morreram e mais de 6 mil ficaram feridos em 20 dias de ofensiva israelense na Faixa de Gaza

27 jul 2014 - 12h51
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Bebê palestino é carregado em hospital após ser retirado de escola da ONU usada como abrigo por refugiados palestinos que foi atacada por artilharia na Faixa de Gaza. 24/7/2014.
Bebê palestino é carregado em hospital após ser retirado de escola da ONU usada como abrigo por refugiados palestinos que foi atacada por artilharia na Faixa de Gaza. 24/7/2014.
Foto: Mohammed Salem / Reuters

A ONU alertou neste domingo sobre a crescente situação de emergência humanitária vivida pela população de Gaza, onde cerca de 200 mil pessoas se transformaram em deslocados internos desde o início da ofensiva militar de Israel, ocorrido há 20 dias.

Em comunicado divulgado hoje, a agência da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), informou que 3.333 casas foram total ou parcialmente destruídas na Faixa, "produzindo centenas de mortes de civis e deslocando os sobreviventes".

A população deslocada é hospedada em casas de parentes ou escolas da ONU que estão lotadas. Essas escolas-albergue, segundo as previsões iniciais, tinham capacidade para abrigar 50 mil pessoas, número que já foi duplicado nos últimos dias e obrigou a Ocha a estabelecer dentro de suas prioridades humanitárias a ampliação da resposta para este grupo.

Segundo o comunicado, praticamente todos os moradores de Gaza, cerca de 1,8 milhão de pessoas, foram afetados de alguma forma pela ofensiva militar que causou a morte de mais de 1.100 palestinos, 73% deles civis, e deixou 6.000 feridos, sendo metade de mulheres e crianças.

A já deteriorada situação vivida pelos palestinos na Faixa após oito anos de bloqueio israelense se agravou nos últimos 20 dias desde o começo da operação Limite Protetor, dirigida a minar a capacidade ofensiva do Hamas.

A agência da ONU alertou que atualmente há 1,2 milhão de pessoas que carecem ou têm um acesso limitado a água potável e a saneamento básico. Além disso, 8% dos habitantes só dispõe de quatro horas de eletricidade por dia devido a problemas que afetam o fornecimento e à escassez do combustível que alimenta a única usina elétrica de Gaza, também atacada na semana passada.

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Segundo a Ocha, também sofreram danos 18 centros de atendimento médico e 120 escolas.

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EFE   
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