ONU se mostra firme contra perseguição de cristãos no Iraque
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou neste domingo que a perseguição dos cristão na cidade iraquiana de Mossul pelos jihadistas pode ser considerado um crime contra a humanidade.
Em um comunicado, o porta-voz da secretaria-geral disse que Ban "condenou da maneira mais firme possível a perseguição sistemática das minorias no Iraque por parte do Estado Islâmico e dos grupos armados vinculados a ele, especialmente as ameaças contra os cristãos em Mossul."
O secretário-geral "reafirma que os ataques sistemáticos contra civis em razão de sua origem étnica ou de suas crenças religiosas podem constituir um crime contra a humanidade pelo qual os autores devem prestar contas", acrescenta o comunicado.
O Papa Francisco também denunciou neste domingo a perseguição sofrida pelos cristãos no Iraque, onde centenas de pessoas da cidade de Mossul precisaram fugir depois de um ultimato lançado por um grupo jihadista.
"Nossos irmãos são perseguidos, são mandados embora, eles devem deixar suas casas sem poder levar nada", disse Francisco, na Praça de São Pedro, depois do tradicional Angelus de domingo.
"Eu asseguro a essas famílias e a essas pessoas a minha proximidade e oração constante", ressaltou Francisco.
O Papa também mencionou os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia.
"Exorto-vos a perseverar em suas orações as situações de tensão e conflito que persistem em diferentes partes do mundo, especialmente no Oriente Médio e na Ucrânia", afirmou, acrescentando que "a violência não se vence com mais violência, a violência se vence com a paz."
Os jihadistas do Estado Islâmico, que controlam Mossul há várias semanas, lançaram no sábado um ultimato aos cristãos na cidade a se converter ao Islã, pagar um imposto especial ou deixar a localidade.
Neste domingo, os jihadistas invadiram o convento histórico de Mar Behnam, ao sul da cidade setentrional iraquiana de Mossul. Um grupo armado expulsou os monges que estavam no local.